sábado, 7 de novembro de 2009

Desaparicimento da Águia real no Parque Peneda Gerês


Sábado 07 de Setembro 2009

   Voltando mais uma vez  à matado Ramiscal ,e pagando num recorte do DN, de 11de Agosto de 2006,no qual vem escrito um artigo de 5 perguntas ao Ambientalista Miguel Dantas da Gama, que passo a transcrever no essencial;

-Qual é o impacto de mais este incêndio na biodiversidade do Parque Nacional?
A mata do Ramiscal,um dos três núcleos que compõem a Zona de Protecção Total do Parque,era um dos últimos redutos de floresta autóctone,essencialmente composto por carvalhal-negral.Poderá também ter-se perdido a maior mancha de azevinho do País.
 -E quanto à fauna?
Trata-se da área central do território da ultima águia-real do Parque,o que nos remete para outra historia lamentável.Este ultimo exemplar da maior das nossa águias vê seriamente afectada toda a zona ocidental da serra da Peneda de que depende.A área do incêndio  tem consequências gravosas  para as populações de coelho e perdiz,suas presas.
-O que significa este incêndio?
Confirma o que venho  denunciando há cerca de três décadas.O Parque Nacional não existe no terreno.Nos dias de enorme risco que atravessamos exigia-se vigilância permanente,dia e noite.O que se gastaria seria muito menos do que se acaba por gastar,para nada!
-Qual a responsabilidade do poder central ?
O Estado Português não pode continuar a ignorar a destruição progressiva do único Parque  Nacional.Não pode continuar a brincar aos parques e à conservação,consumindo verbas em estruturas que não conseguem sequer manter o pouco que resta.
-Que sentimento  lhe provoca esta situação?
O pior,o que se revela verdadeiramente intolerável é que tudo isto é doentiamente  previsível,pelo menos a quem anda no terreno e assiste impotente.