domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rios e Ribeiras dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês


Tenho vindo a receber vários e-mails  a pedir informação sobre os rios que nascem e ou atravessam o Parque Peneda-Gerês e o seu respectivo enquadramento legal no diz respeito à pesca desportiva de trutas.

Nasci de facto no sopé da Serra e desde muito novo que pesco trutas dentro do Parque .Pesquei na década de 80,quando ainda não se falava no ordenamento do Parque  e todas as zonas eram livres,existindo apenas o lote 2 do Cabreiro que entrava pelo Ramiscal,onde era já Parque e estava concessionado pela então DGF.Hoje não é assim e os sucessivos planos de ordenamento ver aqui do Parque tem vindo a alterar consecutivamente toda a área e linhas de águas inseridas dentro do Parque.

Lembro-me do enchimento da barragem de Vilarinho da Furna e a romaria que era pelo fim de Maio e todo o Junho para pescar as bogas e escalos que subiam o Homem para desovar,embora a lei não o permitisse.De em vez em quando lá se agarrava um truta com 2/3 quilos que abocanhava a boga ou escalo com ataques ferozes.

Existem inúmeras linhas de água por todo o Parque que não vou mencionar porque estão integradas em ZPT,e não tem relevância em termos de recursos truteiros, apenas vou referir  as que considero mais importantes.

Começando pelo coração do Parque,o Homem é o centro de todas as ribeiras que nele desaguam,nasce em Lamas do Homem e atravessa todo o coração do Parque.É na sua bacia que está a barragem Vilarinho da Furna ,tendo como principal afluente,a montante o Rio de Leonte,que por sua vez é também formado por uma series de Ribeiras  mas sem relevância em trutas.
A pesca desportiva a montante do paredão da Barragem,ou seja,quer no Homem quer em todos os afluentes,incluindo o Rio de Leonte,está proibida, pois são parte integrante de uma ZPT.

Estes rios nas décadas de 80 estavam densamente povoados de trutas,embora não tivessem exemplares grandes,por se tratar de rios de alta montanha,mas as condições favoráveis e a pouca pressão de pescadores faziam deles autênticos paraísos.As suas trutas são prateadas,com  pintas de um vermelho vivo,e em locais de grandes gargantas quase não apresentão   pintas e a coloração passa a esverdeada.

Ainda no Gerês,temos o Rio de Fafião,concessionado ver aqui ou Toco,como os antigos lhe chamam ,o Rio Arado,o Rio do Gerês ,o Rio de Freitas,ou Rio De Rodas ou ainda Rio do São Bento Da porta Aberta,concessionado ver aqui .

Temos o Cávado, com a concessão de Montalegre ver aqui e grande parte livre,incluindo a Barragem de Paradela com grandes exemplares autóctones,a Barragem de Salamonde,a Barragem da Caniçada com muitos exemplares de Truta arco-íris,muito por via dos viveiros existentes nesta massa de água,mas também com muitas fário.O Rio de Pitões da Junias,ainda um diamante por descobrir muito devido ao difiçil assexo.

O Rio Froufe,Rio Caçarelha,Rio da Ermida,Rio de Germil,Rio Tamente,nascem todos na Serra Amarela e correm em direcção ao grande Lima,todos eles com um importante património truteiro,mas alguns deles muito perigosos de se fazer,é necessário,a quem os visita pela primeira vez,ter a noção do enquadramento no terreno,pois as condições meteoro lógicas mudam frequente mente,principalmente no Caçarelha,Germil e Ermida.

 Na Peneda,temos o Rio da Peneda,concessionado ver aqui, o Pomba,o Ermelo,o Adrão,concessionado ver aqui ,o alto Vez concessionado--- o Cabreiro,a Barragem de Touvedo concessionada,só em parte ver aqui , a Barragem do Alto Lindoso  e o Pai de todas estas linhas de água,o grande Lima.Não me esqueci do Sardinha ,livre,e o  Cabril,fechado pois integra uma  ZPT,e nasce na Serra Amarela(foi seriamente afectado pelo incêndio deste Verão).

 Em Castro Laboreiro temos o Rio de Castro Laboreiro,concessionadoVer aqui ,outrora um rio densamente povoado.Hoje,passa pela amargura de ser um dos rios menos povoado  em consequênçia da pressão que foi sofrendo ao longo dos anos por parte de Portugueses e Galegos.Lembro tempos em que Castro era uma povoação isolada e o assexo era difiçíl,talvez o segredo de este rio estar na época muito povoado e com bons exemplares.

Não me esqueci do Ázere ,também ele concessionado,ver aqui ,que nasce no Soajo,o Rio da Abadia (Bouro)também  nasce na Serra do Gerês,em  Santa Isabel do Monte,o Rio Cabaninhas,ou rio das Águas do Fastio,muito polémico em relação ás descargas desta unidade de engarrafamento de águas,pouco conhecido mas muito importante,com trutas lindíssimas.

  Provavelmente terei esquecido algum,e como este espaço pretende ser de todos e a opinião,sugestão ou critica está sempre em cima da mesa,quem por ventura quiser acrescentar mais algum ou corrigir lapsos  pode fazê-lo sem qualquer tipo de problema através da caixa de mensagens.

Texto e fotografias©João Dias