segunda-feira, 12 de abril de 2010

Resultados da visita ao Rio Homem

Depois de ter lançado o desafio de juntar alguns visitantes do blogue a conhecer o Rio Homem,o resultado da participação ficou-se por um participante.
Haviam-se inscrito mais 4 elementos,todos eles sem confirmação final.
Sendo assim,tive como companhia o António Soares,que viajou de muito perto de Espinho.
Depois de nos apresentarmos,disse-me  que já conhecia os troços que eu pretendia leva-lo a visitar e preferia visitar o Mouro.

Durante a viagem, o António revelou-me que  a sua paixão era a pesca à mosca e que ele próprio construía as suas,mostrou-se grande conhecedor da modalidade.

Passamos pelas zonas de pesca reservada dos Rios Cabreiro,Vez e Ázere,pois foi precisamente no Sábado  dia 10, que abriram os lotes,o meu amigo não conhecia  o vale do Cabreiro nem o vale do Vez e aproveitei para lhe mostrar o que é considerado por muitos especialistas a catedral de pesca à mosca,os lotes 2,3,4,5,tendo sido já palco de campeonatos do mundo em vários escalões.

Chagamos ao Mouro já tarde 10 horas,vagueamos desde Merufe até Parada Monte,percorrendo assim toda a parte intermédia e alta do Rio.
A zona alta está com muito caudal, pelo que era quase impossível pescar à mosca,regressamos e "poisamos" em Tangil,mesmo assim era ainda um pouco difícil pescar nesta modalidade.

Bem,quando vi a colecção de moscas do António fiquei sem palavras,todas elas armazenadas com um cuidado impressionante,secas a um lado,ninfas a outro,afogadas a outro,as mais variadíssimas imitações,até de larvas que eu nunca vi.
O António afinal, era tão só, um grande pescador de pluma a nível nacional e internacional,e com uma modéstia incrível,tendo pescado já em vários países  como a Irlanda,França,Inglaterra.

Para mim,foi a um dia de aprendizagem,fiquei sentado e de boca aberta a vê-lo executar lançamentos longos por debaixo de densa vegetação e a apreciar a rapidez com que trocava as moscas.
Nesta primeira paragem,o António tirou 2 trutas em pouco mais de 40 minutos.

Depois do almoço,decidimos atacar a parte mais calma do Rio junto à ponte do Curto.
Os pescadores eram mais que as trutas em todas as modalidades-levo a cana mas de colher,o António continuou com mosca.Limitei me,mais uma vez,a aprender com um grande pescador,ficando a observar,era fantástico,estava a trabalhar com terminais muito finos ,10  que   davam uma suavidade maior ao poisar da mosca.
As condições do dia  para esta modalidade não era as melhores,pois estava muito Sol a reflectir nas águas,muito calor.
Resultado de 2 horas de pesca, 4  trutas,regressamos cedo para ainda passar pelo Neiva.
Encontramos também 2 aficionados da colher oriundos da Porto,também eles a pescar sem morte-parabéns para eles,mas passaram  vários com os cestos ás costas,esses tentam fugir  de tudo e todos,talvez com medo que os que pescam por desporto, lhes roubem o que contem dentro do cesto,são pessoas normalmente pouca afáveis a conversas.      

No geral,e em jeito de balanço,foi um dia muito positivo,passado na companhia de um grande Senhor de pesca à mosca,sem segredos,vaidades e sobretudo muita modéstia- Obrigado ,António Soares,até breve!