domingo, 30 de junho de 2013

Rio Cenza

Há muito que andava para pescar um famoso tramo sem morte(ou melhor,um daqueles que permanece no segredo,e são muito poucos os que o conseguem pescar) num dos cotos do Rio Cenza.


Depois de vários adiamentos lá chegou o dia!

Não é fácil pescar este troço devido às fortes restrições nomeadamente dos dias de pesca,mas também conseguir uma das 3 vagas diárias que estão disponíveis.Outro dos problemas que este troço apresenta é a grande instabilidade climatérica,pois o troço fica acima dos 1000m de altitude pelo aquilo que me foi dado aperceber poucos serão os dias favoráveis a uma pesca sem muito vento,chuva e pior ainda denso nevoeiro.

São 560km,ida e volta,desde Viana do Castelo até ao local deste couto e a viagem torna-se um pouco cansativa mas vale bem a pena pescar este tão singular lugar onde a calmaria e a paz de espírito não tem comparação e fazem esquecer a viagem.

As suas trutas apresentam um padrão típico característico dos rios de alta montanha e o seu tamanho médio ronda os 22/25 cm,tendo embora sido capturadas nesta jornada algumas acima dos 35 cm.,a densidade populacional é elevada.



Em 4 horas de pesca foram capturadas mais de 40 trutas divididas entre o Zé Macedo e eu.
Em termos de selectividade das trutas,elas não apresentam grande problema e conhecimento atacando praticamente tudo o que cai na água.

Eu pesquei praticamente todo o tempo com efémeras em #18 oliva e o meu companheiro com tricopteros, também eles em tamanhos pequenos.
De realçar um grande quantidade de libelinhas....




terça-feira, 25 de junho de 2013

1º Convívio de pesca à pluma sem morte na Ponte do Porto

Mais um encontro de pescadores à pluma,deste feita no rio Cávado!logo no famoso e mítico troço da Ponte do Porto onde  para mim permanece como uma escola,tal é a selectividade das suas trutas!

Inscrições podem ser feitas aqui

sábado, 22 de junho de 2013

Diário da viagem de pesca à Irlanda 2013 II


Primeiro dia de pesca!

Pescar num local tão carismático teria que obviamente(por muito que se tivesse pesquisado e levado o trabalho de casa feito)passar por contratar um guia,dos muitos que estão à disponibilidade,para nos levar embarcados para os mais manhosos recantos que o lago apresenta.
Depois de no dia anterior termos feito um pequeno reconhecimento no terreno ,mas que não passou dum belo passeio em fim de tarde,finalmente lá partimos com o nosso guia à hora marcada 9,30h. As referências que tinha-mos dele era que seriamos acompanhados pelo melhor e dos mais experientes guias da cidade,pelo que as expectativas eram um pouco altas!

De facto o homem,na casa dos quarenta,era duma disponibilidade enorme e alertou-nos logo para esquecer tudo aquilo que sabíamos em relação ao Fly-fisching  pois iria-mos reaprender tudo de novo tal eram as especificidades deste excêntrico local de pesca.

Apenas as canas e carretos seriam aproveitados,todo o resto teria-mos que comprar ou montar,desde as linhas aos baixos passando pelas moscas.



Para isso tivemos que visitar uma das lojas de artigos de pesca e adquirir aquilo que o nosso guia ia aconselhando passando também pelas próprias moscas de maio(mayfly).Montamos logo aí o material e a surpresa começa logos com os baixos e o tipet  que é composto apenas por cerca de 6 m directos de 0,22 e ao qual   se montam em támden de 3 moscas,duas afogadas e uma seca.Ficamos de boca aberta com a técnica e na duvida se iria funcionar mas nem havia que questionar pois estava-mos com quem sabia.

Perdemos cerca de 2h com estes preparativos e  não havia muito pressa do nosso guia pois ele sabia que a jornada não seria pêra doce.

Sabíamos de ante mão que não seria fácil apanharmos muitas trutas.Os relatos daqueles que estavam a pescar já a dias consecutivos era de ente uma a quatro trutas por jornada e comentavam que estava a sair peixe pequeno.
No dia anterior o nosso guia tinha apanhado quatro.

Os barcos são a motor,já preparados e equipados com bancos para pescar com algum conforto.


 Um casal de Cisnes selvagens com crias veio-nos dar as boas vindas.
Nesta imagem é notório o fundo em pedra do lago.

Lá partimos numa viagem onde chegar ao primeiro pesqueiro não demorou mais de 15 minutos.

Pescar um lago destas dimensões é de se supor que o vento será um forte entrave a quem pratica este tipo de pesca,contudo engane-se quem pensa assim.
A sabedoria do guia faz toda a diferença ao colocar a barco à deriva em termos de favorecer os lançamentos  sem que faça falta grande esforço para lançar a linha acima dos 15m.

Os primeiros lançamentos foram o para adaptação à nova técnica coisa que não demorou muito a habituação.
O maior problema é ter cuidado no lance para não enrolar as moscas pelo que os lançamentos enrolados é a melhor técnica para que isso não acontecesse.

Não demorou mais de 20 minutos para a primeira truta atacar uma das mosca e por sorte tocou-me a mim fazer a estreia.
Não era uma truta grande,na casa dos 35 cm,mas a luta destas trutas é de tal forma que mais parecia uma truta de kilo.

Assim passamos cerca de 2 horas mudando de pesqueiro em pesqueiro sem que mais nenhum ataque surgisse.

Dentro do lago estão várias ilhas,santuário de várias espécies de aves que  que fazem as delicias de quem passa por perto delas.

Foi numa dessa ilhotas que o nosso guia nos levou para almoçar.
Não fazia-mos ideia da intenção dele em nos fazer uma surpresa.Planeava ele,se alguma truta grande saísse, em matá-la e cozinha-la nessa ilha pois dentro do barco tinha uma grelha,pratos e material para fazer um churrasco.
             Contou-nos o nosso guia que nesta ilha,hoje desabitada,viveram em tempos 11 famílias

Comer a truta não foi possível mas um almoço ao ar livre num lugar paradisíaco foi sem duvida um dos melhores momentos das recordações desta viagem.

Durante a estadia nesta ilhota,nas zonas mais abrigadas era possível ver algumas trutas a comer à superfície e nas zonas baixas viam-se grandes quantidades de pequenas trutas!

A parte da tarde não trouxe grandes novidades e mais nenhuma truta atacou apesar de termos mudado constantemente de lugares.
Foi também a altura do dia em que foi possível assistir a várias eclusões de mayfly mas as trutas não estavam decididamente a colaborar.

Por volta das 6 da tarde demos por terminada esta jornada .
O balanço foi positivo apesar de só eu ter apanhado uma truta,mas a experiência de ter pescado este mítico lago  valeu mais duque muitas trutas em lugares já conhecidos.

No dia anterior o nosso guia tinha apanhado quatro.

As várias justificações vinham da boca dos mais experientes a confirmarem que a mayfly ainda não tivera o seu auge e culparem a forte nortada,com ventos gélidos a atrasarem as eclusões da mosca de maio e as trutas recatadas nos fundos não subindo à superfície.

Ficou a vontade de para o ano lá voltar


domingo, 16 de junho de 2013

Alargamento da época da pesca às trutas

Este assunto não é novo e é alvo de forte polémica.

Uns concordam que o alargamento da época não interfere nos habitats truteiros,desde que seja praticada nos moldes do catch and release,porém aqueles que praticam pesca com morte não lhes passa pela cabeça libertar uma truta,e são a grande maioria,acha que este modelo só vêm beneficiar os defensores do catch and release e virão logo apregoar ao direito de igualdade.

Todos sabemos que em termos de reprodução da espécie estes meses não apresentarão grandes estragos nas populações sendo Março muito mais nefasto para as trutas,principalmente em rios de montanha onde a desova ocorre na maiorias dos rios.

Por via disto pretende este blog fazer uma sondagem no âmbito de aferir aquilo que os pescadores que passam pelo blog pensam sobre o assunto.
As respostas no fim da votação serão enviadas ao ICNF para que fique registado.

A votação decorre no canto superior direito da página do Blog

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Vandalismo na concessão de Vilarinho

Escrevia o meu querido amigo Paulo Figueiredo no facebook;
"Mais uma...
e as placas da "concessão de pesca desportiva"em Vilarinho da Furna, não duraram muito tempo até serem vandalizadas, ainda à duas semanas atrás estava intactas."

Ora aqui está um exemplo ilustrativo daquilo que o pescador quer para o futuro da pesca das trutas em Portugal!

À uns dias atrás tinha dado conta aqui desta concessão e considerei até que era uma mais valia para as populações e todos ficariam a ganhar com a visita dos pescadores a tão belo lugar que é sem duvida o PNPG.

Razão terão por ventura aqueles que me desincentivavam a remar contra a maré....nunca teremos uma pesca  sustentada e racional....triste mentalidade!
Fotografias©Paulo Figueiredo

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Diário da viagem à Irlanda 2013 I

A viagem de cerca de 220 km,desde Dublin a Galway,faz-se tranquilamente através da M6.
A partir desta cidade teremos que apanhar a N59 em direcção a Ougterard,cidade plantada nas margens do Corrib e local de eleição para montar tenda para quem lá vai para pescar. Aliás  esta cidade respira e vive a pesca por todo o lado que a gente olhe!


Não fomos às cegas porque  ia-mos já referenciados por um  amigo pescador Irlandês,grande conhecedor  e guia de pesca,deste e doutros destinos de pesca na Irlanda,muitos deles com direitos exclusivos de pesca nomeadamente ao Salmão.

São umas simpatias os habitantes e recebem-nos como se já  a anos nos conhece-mos.
Ficamos hospedados num B&B fantástico gerido por um casal de lavradores,na casa dos setenta,mas que a sua humildade e simpatia deixa qualquer um de boca aberta!Parecíamos um filho da terra que regressa,tal foi a forma como fomos recebidos.


Estas são casas simples e muito funcionais com todas as comunidades de alguns hotéis mas com a diferença de sermos tratados como membros da família residente!

Tinha já tido oportunidade de ter conhecido algumas destas casas,mas esta ficou-me na memória,quer pela afabilidade dos seus donos quer pelo melhor pequeno almoço que já alguma vez me foi  servido  por terras Irlandesas.

Fotografias©João Dias

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Diário da viagem à Irlanda 2013 Introdução

Mais um viagem de pesca à República da Irlanda.



Para quem não conhece este é um país com largas tradições na vertente do fly-fisching onde as trutas e o Salmão do Atlântico fazem as delicias de quem pratica este desporto e  a pesca é tratada como um dos mais importantes recursos turísticos do país.


Já no ano passado me tinha apercebido que este país é destino de eleição de muitos turistas oriundos do mundo inteiro,com grande destaque para os europeus,com forte presença de franceses,alemães,holandeses.

Também os portugueses por lá passam com alguma uma frequência mas em numero bastante reduzido,isto a avaliar pelos relatos de registos dos B&B
 
Esta viagem para mim já não era novidade pois já  conhecia grande parte dos mais emblemáticos rios que compõem a parte sul do pais como o Suir,Tar,Blackwater,Duag,Nire entre outros e quase todos os condados que compõem a esta zona, como Tipperary,Kilkeny,Waterford,Offalaly,Cork,mas ainda me faltava conhecer o coração e a parte mais turística e  mais comercial.

Maio é o mês da famosa mayfly e atrai a Galway centenas de turistas vindos dos quatro cantos do mundo, onde o ambiente circundante dos cerca de 50km do lago gira em trono da pesca,com grandes e luxuosas unidades hoteleiras mas também muitos B&B onde os preços são bem mais simpáticos,a cifrarem-se entre 25/35€ por noite,com pequeno almoço incluído.

Não julguem que é um turismo de massas,antes pelo contrario,é de tal forma restrito que,por exemplo,as inscrições  levam anos muitas vezes para  conseguir uma Beat de salmão,mesmo que o dinheiro não seja problema para o turista.

Bom,esta ano teria que ser diferente e a estratégia de pesca passava por pescar o mais conhecido e grande destino mundial de pesca ao salmão,Trutas mariscas e fário;O famoso lago Corrib e se possível tentar pescar um ou dois tramos do Erriff River.
  Loughcorribsatmap.jpg
 Importa informar que a Raynair voa directo à terça e sexta a partir do Porto para Dublin com preços convidativos que rondam os 150€ (ida e volta )desde que a viagem seja planeada com algum tempo de antecedência.A viagem não ultrapassa as 2.20h.