segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Serra Amarela por trilhos desconhecidos


Escrevia aqui o meu querido amigo e companheiro desta e de muitas outras caminhadas, Rui Barbosa,que este será porventura um dos mais belos trilhos de Portugal.

Eu dou-lhe razão!

Na minha juventude muitas vezes pesquei trutas em Palheiros, no sopé da  imponente Serra Amarela e os seus segredos sempre me fascinaram.


Para quem gosta de caminhar na  alta montanha, este é sem-duvida um desafio à resistência física e psicológica com os vários desníveis que é preciso vencer até chegar ao topo.

Começa na margem direita, a escassos metros do paredão da barragem de Vilarinho da Furna, onde é logo preciso vencer toda a ascensão até ao cume da Serra Amarela para depois caminhar pela cumeada sempre com uma vista magnifica sobre todo o lado oposto da serra como  por exemplo Pé de Madela,Pé de Cabril ,todo o vale do alto Homem e claro as ruinas da Aldeia de Vilarinho da Furna. 

Um dos Objectivos desta caminhada passava também por tentar chegar às enigmáticas casarotas e se possível seguir para o Fojo do Lobo de Vilarinho,atingir  a Louriça e com almoço(já tardio) marcado para "casa do gelo”.

Defacto assim foi apesar do dia estar muito frio e com um vento forte e gélido.



O trilho não é muito longo, serão cerca de 15 Km,o que tem de belo é que ele percorre praticamente toda a serra Amarela, no sentido norte ao começo, para depois inflectir para leste até ao Muro para de seguida se dar início à descida para a mítica aldeia de Vilarinho da Furna sem antes passar por uma sequência de prados alguns deles ainda com gado e garranos.

Este é um daqueles trilhos recentemente reabertos pelo Parque,está bem marcado até mais ou menos ao meio do percurso,ou seja antes da subida para as casarotas que apartir daí o sentido de orientação terá que estar muito bem apurado pois  são escassas e velhas mariolas e até por certos troços sem qualquer marcação.
A descida foi feita pelo ancestral trillho que liga Vilarinho á Louriça.

Nunca tinha feito a descida para Vilarinho,embora tivesse estado já algumas vezes no Ramisquedo e sempre tinha ficado com a vontade de um dia poder fazê-lo.

sábado, 23 de novembro de 2013

7ºLagoas da Serra da Estrela

Gosto!Porque encontro sempre grandes  amigos, uns da pesca, outros da gastronomia, mas acima de tudo gosto porque a calmaria, o silêncio, e a paz da serra para mim é o melhor dos antidepressivos que a natureza me pode oferecer.

Era para ter sido mais  cedo, no encontro promovido pelos mosquiteiros mas por razões de saúde dum
familiar não me foi possível estar presente
                              Mosquiteiros - Braga (Braga, Portugal)


Restava-me o 7º Lagoas para o pretexto de voltar à Serra da Estrela e nesse eu tive o privilégio de lá estar.

As expectativas eram altas pois iríamos pescar  uma das lagoas que estava fechada a vários anos e mantida sob  vigilância  especial das autoridades pelo que tinha tudo para que o evento fosse um sucesso.


De facto a lagoa está inserida num cenário verdadeiramente  edilico e situa-se muito próxima da Torre,ao fundo das pistas de ski com uma vista fantástica sobre grande parte da Serra.

Seria-mos cerca de 20 pescadores!oriundos das mais diversas regiões do País.

Embora eu não tenha dados relativos aos resultados da jornada, mas parece-me que não foram animadores com poucas capturas mas todas de bom tamanho e quase todas a entrarem nos strimers.

No que toca à minha prestação ela saldou-se apenas por uma truta acima dos 40cm, já no final do dia e a entrar numa micro ninfa que não consegui fotografar por me ter escorregado,alias estas trutas são extremamente escorregadias provavelmente pelo lodo que estas águas criam por serem águas paradas.
 

Para o ano espero lá estar para o 8ºLagoas e rever alguns grandes amigos que por lá sempre me receberam e trataram bem.
Uma palavra de incentivo aos organizadores para que não deixem de organizar este importante evento, por outro lado a exigência e a pressão sobre as autoridades responsáveis pela gestão do património Natural  das lagoas terão que ser uma  constante para que as Lagoas sejam um destino de excelência para a pratica desta modalidade.



domingo, 17 de novembro de 2013

Outros Rostos do Gerês XIV


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

De regresso ao Gerês




O  prometido  verão de São Martinho está aí e é sempre pretexto para uma longa caminhada apesar dos dias serem já bastante curtos.


As saudades já eram muitas, principalmente a falta daquela sensação de caminhar no silêncio da serra e ouvir a minha própria respiração naquelas subidas mais ingremes que posteriormente são sempre compensadas pelas magníficas paisagens que os píncaros do Gerês nos proporcionam.


A vontade de regressar à milenar mata do Ramisquedo era um dos lugares que ambicionava a muito tempo, por ser um lugar que eu particularmente gosto.
Já por lá tinha andado a alguns anos atrás e queria sobretudo ver como ela tinha evoluído depois do grave incendio a que foi sujeita no verão de 2011.


Este não é um daqueles trilhos considerados de dificuldade elevada, a não ser alguns picos mais agrestes, como a subida para a Cruz do Touro, mas é sempre um daqueles em que a forma física tem que estar em boa condição para fazer os cerca de 16 km em cerca de 6 horas.



Caminhar pela Serra Amarela é lembrar as gentes de Vilarinho! É ter a sensação de estarmos num lugar sagrado onde os espíritos da mítica e submersa aldeia pairam sobre os vários currais espalhados pela árida serra,mas também,por outro lado,tentar perceber como eles viviam em comunidade onde os seus habitantes lavravam as suas próprias leis isolados do mundo.
Aqui fica um dos poucos documentários existentes desta singular comunidade. 


Caminhar no interior da Serra Amarela é um verdadeiro privilégio para quem quer ver de perto algumas das espécies que muitos julgam estarem instintas no Gerês como as Cabras selvagens,os corsos ou algumas rapinas.Nesta incursão avistamos 4 corsos,um rabanho de cabras selvagens com mais 10 individuos e uma rapina que não tenho a certeza se era uma águia.