quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Troços de pesca sem morte

Praticamente em cima da abertura das época de pesca salmonidea é com enorme agrado que se tem verificado que em algumas concessões foram criados troços de pesca sem morte e zonas de proteção.


Começa-se assim a perceber que o futuro da pesca às trutas tem que imperiosamente passar por este tipo de atitudes.Para isso é necessário que os gestores dos recursos que o Estado lhes confiou tenham a sensibilidade e a noção de que tenhem em mãos um  bem publico e a obrigação de zelar por ele.

Não sou daqueles que afirmo que tudo está mal na pesca das trutas,penso até que o estado fez muito bem em entregar alguns rios a associações e clubes,mas o problema não é esse!é muito mais complexo-uma falta de regulamentação e um regime interno das próprias concessionárias leva a que muitas delas não passem de coutadas privadas vedando assim ao utilizador um bem publico.

Por outro lado,uma boa gestão destas concessões levará a que haja movimentação de pescadores e consequentemente uma fonte de receita para o turismo local,pois o pescador come,abastece os carros e compra produtos endógenos muitas vezes pernoita nos locais que escolhe para praticar o seu desporto favorito.

Sei que este blog é lido em muitos países e eu  não gostaria de passar a ideia de que em Portugal é tudo mau,que estamos mergulhados numa profunda crise e a pesca não tem qualquer valor apesar de termos rios fabulosos.


Não,não é assim,para aqueles em quem Portugal desperta interesse para pescar,ficam a saber temos rios muitos bons,com trutas e temos sobretudo um nível de vida  barato comparado com os restantes Europeus,temos um rede de estradas das melhores da Europa e várias companhias aéreas a voar para Lisboa e Porto pelo que o convite para visitar os nossos rios fica aqui bem expresso.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

River Anner

Não é por acaso,que  sempre que vamos à Irlanda,este pequeno rio nos desperta curiosidade até pelo facto dele ser muito bem gerido por um clube mas por  outro lado também porque detém uma boa população de Trutas.

 Não é fácil um estrangeiro conseguir ser membro dum tão restrito clube,onde as regras estão bem definidas e bastante restritas, pois apenas lá podem  pescar os sócios,na vertente da pluma,e todos os seus membros tem a responsabilidade de fiscalizar o rio

         
Este rio para nós já não era  novidade pois já em 2012  nos tinha-mos tornado Sócios para la pescar.
Acontece que nesse ano não tivemos sorte com o dia escolhido, pois uma situação de Cheias levou a que praticamente nem conseguisse-mos pescar  porque o rio andava los cima dos campos.


Este ano tivemos cuidado em escolher o dia,analisamos a metrologia e escolhemos o dia  ideal para por à prova a fama que este rio detém.

Depois de ter-mos ido à casa do Presidente( um Velho senhor bastante acima dos 80 anos mas duma simpatia e lucidez invejável) pagar as cotas de 2013,lá romanos ao Rio com  a moral em  alta porque mais uma  vez os conselhos daqueles que conhecem bem o rio eram fonte de inspiração e as informações do velho senhor eram de que o rio estava muito bom para se pescar.

O rio não é muito largo e é pouco profundo, onde a cadencia das correntes são lentas mas constantes,  inserido num entorno paisagístico lindíssimo, rodeado de campos cheios de gado,como pano de fundo uma cadeia montanhosa que por sua vez dá origem ao rio.

Começamos a jornada como sempre por volta das 13 h.



O Soares seguiu para montante e eu fiquei logo no inicio da concessão junto à ponte onde ficara a carro.

A primeira hora foi desastre e uma desilusão.Provavelmente a ansiedade tivesse tomado conta de mim.Tentei de tudo mas nem  toque quer nas ninfas quer nas secas.

Entretanto recebo hum telefonema do Soares! Estava a divertir-se em grande, com Trutas a subir à seca!
Lá foi ao seu encontro.
Estava uns 200m a montante, concentrado nas trutas e eu apenas me limitei a apreciar e a desfrutar de como ele pescava bem.
Assim passei largos minutos sem que ele desse conta da minha presença.
Por fim lá se apercebeu que eu lá estava e então começamos os dois lado a lado.
E aí foi mais uma tarde memorável, com as trutas a entrarem bem,mas não tão fáceis como no dia anterior, estavam bem mais selectivas.






































Não se julgue que estes rios estão desertos de pescadores,até porque,mais uma vez,tivemos a companhia de dois jovens pescadores.Respeitaram-nos ao começar umas centenas de metros para montante, mas  o seus olhares desconfiados deixaram-nos um pouco apreensivos.

A surpresa aconteceu quando chegamos ao carro!Estávamos a desmontar o equipamento quando demos conta de que tínhamos um vidro lateral estilhaçado por uma pedra .....

Claro está que esta desagradável situação não passou em claro.Uma denuncia na Policia local bastou para desencadear um processo de averiguações.
Não será por este episódio que deixaremos de pescar novamente este rio numa futura visita à Irlanda,até porque cremos crer que isto não terá a ver com os sócios do Club,pois já em 2012 tínhamos presenciado uma acesa discussão entre pescadores e donos dos terrenos onde passam os rios.