sábado, 17 de abril de 2010

Rio mouro continua pouco produtivo

Visitei na Quinta Feira mais uma vez o rio Mouro.

O Mouro continua a ser o Rio que mais trutas detém,considero até o melhor Rio do Alto Minho.Nesta época ainda não atingiu a condições ideais para  as trutas entrarem em força,pelo que os relatos que chegam não são muito animadores,mas considero também que os melhores meses são o Junho e Julho principalmente para os amantes da pluma.

Nesta minha visita aproveitei,como já é costume, visitar os coutos do Vez e Cabreiro.
Verifiquei, já mais do que uma vez,que o final do lote 1 e principio de 2 do Cabreiro está com bastantes alevins,não sei se houve repovoação.

Tive oportunidade de  alertar o ICNB,DGF,através de email, aquando do incêndio em 2006, para a morte total das trutas e outros seres que abitavam o ecosistema deste Rio
Obtive  respostas de ambos, mas apenas a confirmarem a recepção e a agradecer os testemunhos e relatos das minhas subidas ao Ramiscal.
Vou tentar obter informações junto das autoridades para saber se foi ou não repovoado.

E lembro mais uma vez o total desastre e destruição de todo o ecossistema do vale do Cabreiro  com o violento incêndio de Agosto de 2006,tendo sido alvo de ampla cobertura mediática e dando origem a acesa polémica no meio das autoridades competentes pondo em discussão os ambientalistas, e não só , o PNPG,ICNB,DGF.
Há um artigo de enorme valor no Blogue
http://faunaiberica.blogspot.com/2006/08/o-fim-da-mata-do-ramiscal.html
Para quem não está muito dentro deste assunto,o que se passou nesse local de protecção total do nosso único Parque Nacional,foi que, em Agosto 2006, um violento incêndio lavrando a Serra do Soajo atingiu o coração de uma mate milenar,única na Europa,composta essencialmente de Azevinho e Carvalho Negral,destruindo-a por completo e sem que as autoridades competentes conseguissem travar tamanha perda,era também o Habitat natural do ultimo casal de Águias Reais no Parque,restando antes do incêndio um só exemplar, pois o outro já havia desapareçido.Nunca mais foi avistado.
Tentei por varias verses fotografar-lo nunca consegui!!
Logo na semana a seguir ao incêndio, um violenta trovoada e consequente  precipitação,muito abundante,as cinzas mortiforas são arrastadas para o leito do fragil Rio, matando todos os seres vivos incluindo todas as trutas autóctones dos 2 lotes geridos pela DGF.
       
Todos os anos visito o local para ver se a fauna e flora já recuperaram.A flora lá vai dando já  um ar de verde com uma pujança boa,mas o Rio não recuperou e continua morto em grande parte do seu curso.

As minhas incursões pelos Rios nunca são só com objectivo de pescar trutas,mas desfrutar o ambiente  envolvente,fazer boas fotografias-nestas ainda tenho que aprender muito-conhecer pessoas locais,sempre que possível,e obter o máximo de conhecimento dos locais que visito.
É com espírito de aventura,que por vezes visito lugares inóspitos,de rara beleza,mas a recompensa da Natureza é enorme.
Muitas vezes me vieram as lágrimas aos olhos nas subidas imediatamente ao incêndio,com o sentimento de impotência perante tal destruição,por outro lado, é com enorme alegria que encontro pessoas que partilham dos mesmos ideias que eu ,também com grande conhecimento cientifico,coisa que eu não tenho,obrigado pelos relatos ao
http://faunaiberica.blogspot.com/