quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Pelos rios de Leon I

Visitar os rios de Leon será porventura uma meta a que muitos pescadores de mosca  se propõe e eu não era excepção.
                                              Rio Porma
À muito que tinha em mente uma visita,mesmo que ele fosse fugaz,à Meca da pesca com mosca.
O convite tinha já sido feito por mais duque uma vez,mas a conjugação de vários factores tinham impedido a sua realização.

As coisas por vezes acontecem rapidamente e  a oportunidade surgiu novamente,para uma visita  de 2 dias,onde o objectivo passaria por visitar o Tomás Gil,pescar o mítico rio Porma e uma visita aos picos de Europa.

A viagem,de cerca de 480 km(desde Viana do Castelo),é feita sempre em auto-estrada e não apresenta qualquer problema,quer de segurança quer de trafico intenso de transito,mesmo dentro da Cidade de Leon o transito é muito ordenado e  nas entadas da cidade flui rápidamente.

Como eu não tinha a licença de pesca válida para Leon tive que recorrer à sede da Junta de Castilha e Leon para a sua obtenção,que fica mesmo no centro da cidade.Percorremos uma série de ruas para encontrar o edifiçio e  isto deu-me uma perspectiva mais abrangente daquilo que é a cidade e o seu modo de vida num dia de trabalho.

O imponência de edifício da sede da Junta não deixa ninguém indiferente,sobretudo o all interior da entrada onde toda a gente é revistada e sujeita a rastreio magnético.

O edifício está de tal forma organizado que a facilidade de encontrar o que se pretende não apresenta qualquer dificuldade.No 5ºandar existe um departamento especifico só para a pesca e caça e onde foi atendido com cortesia e simpatia,não demoramos dentro do edifício mais de  5 minutos.Excelente serviço, nada burocrático e muito prestável,um verdadeiro exemplo de como devem ser os serviços púbicos.

Da cidade de Leon avistam-se já a  montanha central Leonesa de   Valdelugueros e à medida que nos aproximamos a ansiedade começa a instalar-se.


Antes de entrar-mos propriamente no vale do Rio Curueño o Rio Porma faz-nos companhia durante uns bons km e o seu famoso coto de Cerezales  deixa-nos maravilhados.

Por fim e depois de percorrer as estreitas ruas das consecutivas aldeias serranas lá se chega à casa do Tomás Gil ,famoso pescador/montador e o criador mais mediático dos galos de Leon.
                       quem chega é recebido com este cartão de visita
Sobre esta figura não tenho capacidade de dizer alguma coisa,pois sou um absoluto analfabeto em relação a uma pessoa das mais conhecedoras e respeitadas a nível mundial no mundo da pesca.

Chegamos na hora certa,fomos recebidos pela esposa .
Recebeu-nos com uma simpatia e modéstia impressionante.O Zé Macedo parecia um filho que regressava a casa tal era a afinidade que emanava entre o casal e ele.
O Tomás estava precisamente no galinheiro a pelar os galos e onde eu,"sem saber ler nem escrever", tive oportunidade que muitos desejariam e pagariam bem para assistir.
Na minha apresentação o Tomás não se ficou por simples cumprimento mas sim um grande abraço de boas vindas....estava feita mais uma grande amizade.
                         a casa de turismo do Tomás

Visitei os vários estágios dos galos desde os pintos à fase adulta,um hospital dentro do galinheiro e algumas questões técnicas...enfim uma completa visita guiada pelo próprio Tomás.
O rio Curueño passa junto à quinta do Tomás e exigia-se uma visita a tão famoso rio,já em fase de defeso,para ver as suas trutas.
Impressionante a densidade de trutas que alberga,só num pequeno poço estariam mais de 15/20 trutas.

Uma outra vista à sua loja e local de trabalho,dentro da sua própria habitação,deixou-me de olhos em bico, tal era a decoração envolvente e a organização dos materiais nomeadamente os vários tipos de plumas.  Assim demos por terminada esta já longa visita....
Tinha-mos ainda fortes emoções à nossa espera,nessa tarde.....

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Importante estudo na preservação do património truteiro na Peninsula Ibérica

Um estudo da Universidade Complutense de Madrid e publicado na Global Change Biology vem dar conta do desaparecimento da truta na Península Ibérica dentro de 4 décadas.
Foram monitorizados 12 rios e as conclusões apontam como causas principais da   extinção as alterações climáticas,a poluição e uma sobrecarga de pressão de pesca.


Visto isto,mais do que   nunca é necessário uma gestão responsável dos rios portugueses.
Não será o pescador o principal responsável pela extinção das trutas,mas em alguns rios,com frágeis ecossistemas,foi e ainda é o principal agente destruidor.Darei como exemplo a quase extinção das trutas de rios que não sofrem qualquer tipo de poluição mas que a pressão exercida sobre eles levou a que as populações sofressem um forte declínio ou mesmo a extinção.São quase todos rios e ribeiras de montanha onde o seu perfil é convidativo ao furtivismo.
Basta um olhar mais atento para dar conta de uma anarquia total das entidades a quem compete a gestão da pesca em águas interiores.