sexta-feira, 30 de abril de 2010

Entre 2 Barragens

Covelo do Gerês fica entre a Barragem de Salamonde e a Barragem de Paradela do Rio.
O Rio Cávado,apresenta nestes locais,poços enormes seguidos de correntes com boa profundidade,fragas e quedas de água impressionantes.
As suas margens são compostas de grandes penedos,o leito é  todo ele composto de  pedras e areia  grossa derivada da erosão.
Estes são uns dos factores para que  este troço de Rio seja um santuário de Trutas,muitas delas de bom tamanho,como eu pude ver e fotografar.
 Ninho com ovos,a Primavera na sua pujança..........
Lagarto muito bonito,com cores muito vivas.......
Uma cobra de água,são inofensivas e sempre bonitas de ver.......
 Uma das imponentes quedas de água,é intransponível,nunca a consegui ultrapassar....
2 Trutas muito acima de 1,5 quilos,estive vários minutos a observa-las,penso que sejam macho,a traz, e fêmea, maior, à frente e estarão a desovar.Ainda me deixaram fazer um pequeno vídeo que posteriormente publicarei,como fiquei feliz por ter presenciado este espectáculo.......

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Maratona de 8 horas de pesca.

Depois de ter convidado um "velho" amigo para me acompanhar a um lugar clássico, mas extremamente perigoso,acabei por fase-lo sozinho,devido a ele á ultima hora não poder acompanhar-me.
Já não tenho 20,nem 30 anos,pelo que tenho que começar a ter um pouco de juízo,porque aquilo que eu fiz hoje não é de todo de uma pessoa responsável,aquilo que eu fazia quando tinha 30 anos e arriscava sozinho, hoje tenho que pensar em não o fazer,a paixão pela pesca um dia pode-me custar a vida.

A ideia seria pescar no alto Cavado ,na Zona de Calvelo do Gerês,em plena Serra.
O trilho,que eu conheço à  alguns anos(não é o mesmo que eu referi à uns dias a traz aquando de uma outra visita a Covelo Do Gerês) leva 1h45m a descer, a pé, por um carreiro quase todo ele coberto de giesta e mato.
Azar,que quando estou a mais de meio caminho dou falta do telemóvel,fico bastante nervoso pois sei que vou enfrentar lugares muito perigosos sozinho,mas mesmo assim não voltei traz.
Cheguei finalmente de debaixo de um Sol abrasador,começo por volta das 10h45m, num poço grande e vejo logo bons exemplares a comer à tona da água,estava lançado o mote para uma grande pescaria.
e

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fim de tarde no Coura

Aproveitando um final de tarde quente,decidi dar um salto ao Coura a montante de Vilar de Mouros.
O resultado ficou-se por uma pequena truta na casa dos 15 cm,e nem mais um toque,avistei muito poucas trutas,mas sei que o Rio tem boas trutas nestes locais.
De realçar que quem quiser visitar estes troços do Coura ,que as margens estão praticamente intransitáveis, tal é a densidade florestal.


É praticamente impossível percorrer as margens....

terça-feira, 27 de abril de 2010

Lote 1 do Cabreiro

Com o avistamento de vários alevins junto à ponte de Cabreiros, decidir comprovar se era só pequenas trutas  de um mais que provável repovoamento,ou se haveria boas trutas como à uns anos atrás.
Comecei nas misturas e ao longo de 1 Quilometro só capturei uma pequena truta na casa dos 15cm.
Já com a moral em baixo,cheguei a um poço onde poderia confirmar a minha duvida,pois se nesse poço não avista-se nada de concreto eu estaria certo -o Rio ainda não tinha recuperado.
Logo nos primeiros 20 metros vi várias trutas a rondar os 20 cm,mas a surpresa estava para vir,um lançamento  para  a outra margem e na recuperação mais ou menos no centro do Rio aparece um   bom exemplar,engole a colher,mepps nº1,uma bonita Fário a rondar as 750,800 gramas,com algumas pintas vermelho vivo e muitas pretas,algumas do tamanho de moedas de um cêntimo.
Continuei até ao final do lote,mas só capturei mais  4 uma com 22 e 3 com 14,15 cm.
Em resumo,ficou a impressão que o Rio foi repovoado,tem algumas trutas de bom tamanho em 2,3 poços grandes,vale a pena visitar uma vez na êpoca.
Atenção,esta concessão e  Rio não permite iscos naturais,apenas pluma ou colher.

Pena as fotografias não terem qualidade,foram tiradas de telemóvel,tinha-me esquecido da minha câmara em casa,paciência......

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lote 8 do Vez 2

Com uma tarde muito instável,com trovoada,e muita chuva,lá cheguei ao Rio depois de percorrer mais de 45 minutos ao longo do trilho sinuoso.
As trutas em Rios de alta montanha não são muito grandes,mas são muito abundantes.
Este lote,talvez por ser muito difiçil de percorrer, e bastante perigoso,contem uma boa população de trutas, todas na casa dos 15  a 20 cm,embora eu já tenha capturado neste lugar trutas acima dos 25 cm,mas são raras.
O resultado de 8 horas de pesca,e depois de percorrer 7 quilómetros(GPS)foi de mais de 20 trutas na casa dos 15 a 18 e algumas 6 ou 7 na casa dos 20,a certa altura perdi-lhe a conta.
Uma tarde inesquecível,mais uma vez,sozinho como é meu habito,rodeado de uma paisagem única,do murmurar do rio,do cantar dos pássaros,e do silencio  da serra,como sou feliz.....

Mais algumas fotos.... 
Algumas de bom tamanho......
Trutas muito escuras e pintas vermelho vivo,típicas de alta montanha....
Muito bonitas estas pintas...
Bons poços,apesar de ser um Rio de Alta Montanha.....

Continua......

sábado, 24 de abril de 2010

Lote 8 do Vez 1

Quinta feira,visita ao lote 8 do rio Vez.

O lote 8 do Vez é sem duvida o maior de todos os lotes do Rio ,começa no Cumial e prolonga -se até Santo António  percorrendo uma boa parte da serra do Soajo.
Neste lugar pode-se ainda encontrar várias Brandas ainda em actividade,2 povoações serranas,que o lento passar das eras não interferiu com os seus usos e costumes,mantendo os seus habitantes uma cultura Serrana de comunidade.
Existem 2 aldeias escondidas e encravadas num desfiladeiro que quem passa pela estrada ,que liga Caberiros a Merufe,não se dá conta delas. 
Vivem essencialmente da pastorícia,de uma agricultura rural,toda ela feia a pulso,tendo este povo escavado ao longa da montanha socalcos muito parecidos ao que se encontram no alto Douro,mas numa escala muito menor.
Conheço à vários anos estas gentes,são pessoas muito afáveis, mas desconfiadas, muito devido a a seu isolamento,que quando chega algum forasteiro procuram resguarda-se nas suas habitações,são quase todas de uma idade avançada.Não tem cafés nem qualquer tipo de diversão,apenas labirintos muito estreitos , muito gado,muitos cães de guarda.Quem chega a um lugar como este,a nossa mente recua ao inicio do século passado,tal é ainda o traço original das aldeias.
Nos socalcos cultivam essencialmente,centeio,milho,batatas,erva para o gado,tem também uma pequena produção de vinho nas cotas mais baixas.
Quando pensei em visitar este local ,levava em mente fazer algumas fotografias nas imponentes gargantas, desfiladeiros e fragas que o Rio tem nestes  sítios, mas durante a caminhada para o Rio, uma violenta trovoada e consequente chuva impediram-me de chegar perto desses locais,pois são extremamente perigosos, mesmo assim ainda consegui algumas fotos....
                                                  uma das Aldeias-a mais escondida....
 o trilho que dá acesso ás fragas e gargantas......

                                 a outra Aldeia,em segundo plano vê-se a mais escondida e isolada.....
                           ao fundo uma Branda ainda activa,em primeiro plano uma das mais imponentes   gargantas......
Mais um local de difícil acesso,só com a experiência e conhecimento do local  de longos anos, se consegue lá chegar,é muito perigoso....
 Reparem no labirinto que é percorrer esta Aldeia,ao fundo os espigueiros comunitários.......
Espigueiros,todos eles em funcionamento,em breve publicarei pormenores interessantes deles.....
Aldeia vista do alto da Serra......

Continua em breve.......

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lote 4 do Vade

Segunda-feira 19 de Abril,dia de visitar o lote 4 do Vade.

Com o tempo bastante instável,não levava grandes expectativas de capturar muitas trutas embora sabendo que este lote alberga boas trutas.  
Cheguei por volta das 15 horas à ponte do Auditor,encontro logo o "cliente" do lote 3,um Senhor na casa dos 60 que está a prepara-se para a jornada da tarde.Depois da apresentação  e uma breve troca de impressões verifico que ele tem uma cana artesanal,as tais canas da Índia,a minha felicidade é enorme,pois eu em tempos também tive uma feita por um moleiro que tinha uma azenha no Homem na zona de São Vicente da Ponte,entretanto já falecido.
No decorrer da conversa ele disse-me que era de Guimarães,que aquelas canas eram feitas por si,e que tinha mais no carro.
Logo lhe pedi para me mostrar.
Tinha então mais uma só,acondicionada num tubo já próprio,era de uma perfeição incrível,bons acabamentos bons passadores,bons vernizes.
Perguntei-lhe se vendia ou fazia por encomenda,disse-me que nem uma coisa nem outra.
Argumentei que o preço não estava em causa,bastava apenas dizer quanto custava que eu estava disposto a pagar uma boa quantia por um exemplar destes,mas ele foi irredutível.
Depois de longos minutos de conversa,eis que surge a surpresa das surpresas quando ele me disse que na sua próxima visita ao Neiva eu teria uma dessas canas oferecida.
As trutas para mim já não eram importantes nesse dia,apenas já só levava em mente a felicidade de poder ter um exemplar único a nível mundial.
Sei entretanto que na zona de Coimbra existe um artesão que as faz,vou aprofundar o assunto.....
Quando a tiver em mãos,terei tempo para a fotografar em pormenor,para posteriormente postar as fotos em detalhe.
Ficam algumas fotografias da cana.......
 pena foi que eu não tivesse mais cuidado em fotografar os pormenores.....

o Vade no seu melhor....
apenas trutas pequenas,mas existem também bons exemplares.....
 um lote a visitar uma vez no ano,não vale a pena muitas visitas.....
Fotografias©João Dias

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um intervalo no trabalho

Sou um dos poucos que tem a sorte e felicidade de sempre ter vivido junto a Rios truteiros.
Hoje vivo a 100 metros do Neiva,pelo que sempre que possível ,pego na cana e  num intervalo no trabalho lá estou eu.São raras a vezes que não capturo nada.
No Neiva sigo à risca a pesca sem morte pois considero que este Rio e nas cotas mais baixas está despovoado de trutas.
Pela experiência de muitos anos a viver junto às suas margens,tenho verificado que os últimos Verões foram devastadores para a espécie,os caudais foram muito reduzidos,não houve oxigenação suficiente  das águas,em muitos locais o rio ficou morto.       
Penso também que na parte baixa do Rio as trutas tem um predador natural,o Barbo.Como é sabido os Barbos de grande dimensão alimentam-se também de pequenos peixes,e no Neiva,sobretudo nas Zonas de Forjães,Neiva e Castelo do Neiva existe uma sobre população de exemplares acima de 2k.
O Neiva ,ao par destes factores naturais,está com um problema muito maior,que é a poluição industrial.Quem percorre as suas margens facilmente detecta um cheiro nauseabundo oriundo das lamas ao serem pisadas.
É sabido de todos os pescadores que vai parar ao Rio uma boa parte de resididos  de unidades industriais,e até de casas particulares-outro problema do Neiva são as lavagens sistemáticas de cisternas que, ao abrigo da noite ,se fazem junto das margens,na maior parte  delas são utilizados  produtos químicos.
À um outro problema,este não afecta as Trutas, mas afecta e fere os direitos legais dos cidadãos pescadores, que são os 5 metros de terreno livre para passagem nas margens.Nos últimos anos tem proliferado junto ás margens varias reconstruções de  habitações tapando literalmente as passagens com vedações, a maior parte em arame farpado,algumas em madeira e outros muros de pedra.Muitas destas propriedades albergam o símbolo "cuidado com o cão",outras nem esse cuidado  tem e de repente aparece um animal, quase sempre de raças perigosas, a intimidarem o pescador.

Mesmo assim,lá se consegue  uns bons exemplares de vez em quando, como este que ferrou no Domingo num pequeno intervalo no trabalho,rapidamente desferrado,fotografado e posto em liberdade,em breve posterei o vídeo....

sábado, 17 de abril de 2010

Rio mouro continua pouco produtivo

Visitei na Quinta Feira mais uma vez o rio Mouro.

O Mouro continua a ser o Rio que mais trutas detém,considero até o melhor Rio do Alto Minho.Nesta época ainda não atingiu a condições ideais para  as trutas entrarem em força,pelo que os relatos que chegam não são muito animadores,mas considero também que os melhores meses são o Junho e Julho principalmente para os amantes da pluma.

Nesta minha visita aproveitei,como já é costume, visitar os coutos do Vez e Cabreiro.
Verifiquei, já mais do que uma vez,que o final do lote 1 e principio de 2 do Cabreiro está com bastantes alevins,não sei se houve repovoação.

Tive oportunidade de  alertar o ICNB,DGF,através de email, aquando do incêndio em 2006, para a morte total das trutas e outros seres que abitavam o ecosistema deste Rio
Obtive  respostas de ambos, mas apenas a confirmarem a recepção e a agradecer os testemunhos e relatos das minhas subidas ao Ramiscal.
Vou tentar obter informações junto das autoridades para saber se foi ou não repovoado.

E lembro mais uma vez o total desastre e destruição de todo o ecossistema do vale do Cabreiro  com o violento incêndio de Agosto de 2006,tendo sido alvo de ampla cobertura mediática e dando origem a acesa polémica no meio das autoridades competentes pondo em discussão os ambientalistas, e não só , o PNPG,ICNB,DGF.
Há um artigo de enorme valor no Blogue
http://faunaiberica.blogspot.com/2006/08/o-fim-da-mata-do-ramiscal.html
Para quem não está muito dentro deste assunto,o que se passou nesse local de protecção total do nosso único Parque Nacional,foi que, em Agosto 2006, um violento incêndio lavrando a Serra do Soajo atingiu o coração de uma mate milenar,única na Europa,composta essencialmente de Azevinho e Carvalho Negral,destruindo-a por completo e sem que as autoridades competentes conseguissem travar tamanha perda,era também o Habitat natural do ultimo casal de Águias Reais no Parque,restando antes do incêndio um só exemplar, pois o outro já havia desapareçido.Nunca mais foi avistado.
Tentei por varias verses fotografar-lo nunca consegui!!
Logo na semana a seguir ao incêndio, um violenta trovoada e consequente  precipitação,muito abundante,as cinzas mortiforas são arrastadas para o leito do fragil Rio, matando todos os seres vivos incluindo todas as trutas autóctones dos 2 lotes geridos pela DGF.
       
Todos os anos visito o local para ver se a fauna e flora já recuperaram.A flora lá vai dando já  um ar de verde com uma pujança boa,mas o Rio não recuperou e continua morto em grande parte do seu curso.

As minhas incursões pelos Rios nunca são só com objectivo de pescar trutas,mas desfrutar o ambiente  envolvente,fazer boas fotografias-nestas ainda tenho que aprender muito-conhecer pessoas locais,sempre que possível,e obter o máximo de conhecimento dos locais que visito.
É com espírito de aventura,que por vezes visito lugares inóspitos,de rara beleza,mas a recompensa da Natureza é enorme.
Muitas vezes me vieram as lágrimas aos olhos nas subidas imediatamente ao incêndio,com o sentimento de impotência perante tal destruição,por outro lado, é com enorme alegria que encontro pessoas que partilham dos mesmos ideias que eu ,também com grande conhecimento cientifico,coisa que eu não tenho,obrigado pelos relatos ao
http://faunaiberica.blogspot.com/

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Uma boa companhia

Segunda-feira tive o prazer de conhecer mais um grande Senhor de pesca à truta,o Carlos Miranda, desta feita noutra modalidade,o spinning.

O Carlos, partilha de grande parte dos ideais da pesca sem morte,fiquei até admirado com o cuidado que tem com as amostras que utiliza,cortando-lhe   farpas,e possuindo amostras especiais para a pesca sem morte.Vi-o perder algumas 4ou 5 trutas devido a elas não se cravar.

Segui-o de perto nesta jornada, e tive oportunidade de constatar que estava perante outro grande Senhor na pesca de Trutas,embora ainda relativamente novo,mas muito responsável.

Ele pescou algumas 4 ou 5, não contei as dele.
Eu pesquei na mesma modalidade e o saldo ficou-se pelas 8,algumas de bom tamanho.

Pescamos apenas  3 horas e num local mítico,(para mim)  muito devido a compromissos laborais,havemos de nos encontrar novamente!!!!!

Obrigado Carlos pela companhia.....

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Resultados da visita ao Rio Homem

Depois de ter lançado o desafio de juntar alguns visitantes do blogue a conhecer o Rio Homem,o resultado da participação ficou-se por um participante.
Haviam-se inscrito mais 4 elementos,todos eles sem confirmação final.
Sendo assim,tive como companhia o António Soares,que viajou de muito perto de Espinho.
Depois de nos apresentarmos,disse-me  que já conhecia os troços que eu pretendia leva-lo a visitar e preferia visitar o Mouro.

Durante a viagem, o António revelou-me que  a sua paixão era a pesca à mosca e que ele próprio construía as suas,mostrou-se grande conhecedor da modalidade.

Passamos pelas zonas de pesca reservada dos Rios Cabreiro,Vez e Ázere,pois foi precisamente no Sábado  dia 10, que abriram os lotes,o meu amigo não conhecia  o vale do Cabreiro nem o vale do Vez e aproveitei para lhe mostrar o que é considerado por muitos especialistas a catedral de pesca à mosca,os lotes 2,3,4,5,tendo sido já palco de campeonatos do mundo em vários escalões.

Chagamos ao Mouro já tarde 10 horas,vagueamos desde Merufe até Parada Monte,percorrendo assim toda a parte intermédia e alta do Rio.
A zona alta está com muito caudal, pelo que era quase impossível pescar à mosca,regressamos e "poisamos" em Tangil,mesmo assim era ainda um pouco difícil pescar nesta modalidade.

Bem,quando vi a colecção de moscas do António fiquei sem palavras,todas elas armazenadas com um cuidado impressionante,secas a um lado,ninfas a outro,afogadas a outro,as mais variadíssimas imitações,até de larvas que eu nunca vi.
O António afinal, era tão só, um grande pescador de pluma a nível nacional e internacional,e com uma modéstia incrível,tendo pescado já em vários países  como a Irlanda,França,Inglaterra.

Para mim,foi a um dia de aprendizagem,fiquei sentado e de boca aberta a vê-lo executar lançamentos longos por debaixo de densa vegetação e a apreciar a rapidez com que trocava as moscas.
Nesta primeira paragem,o António tirou 2 trutas em pouco mais de 40 minutos.

Depois do almoço,decidimos atacar a parte mais calma do Rio junto à ponte do Curto.
Os pescadores eram mais que as trutas em todas as modalidades-levo a cana mas de colher,o António continuou com mosca.Limitei me,mais uma vez,a aprender com um grande pescador,ficando a observar,era fantástico,estava a trabalhar com terminais muito finos ,10  que   davam uma suavidade maior ao poisar da mosca.
As condições do dia  para esta modalidade não era as melhores,pois estava muito Sol a reflectir nas águas,muito calor.
Resultado de 2 horas de pesca, 4  trutas,regressamos cedo para ainda passar pelo Neiva.
Encontramos também 2 aficionados da colher oriundos da Porto,também eles a pescar sem morte-parabéns para eles,mas passaram  vários com os cestos ás costas,esses tentam fugir  de tudo e todos,talvez com medo que os que pescam por desporto, lhes roubem o que contem dentro do cesto,são pessoas normalmente pouca afáveis a conversas.      

No geral,e em jeito de balanço,foi um dia muito positivo,passado na companhia de um grande Senhor de pesca à mosca,sem segredos,vaidades e sobretudo muita modéstia- Obrigado ,António Soares,até breve!