domingo, 15 de abril de 2012

Literatura


 

André Gago,conhecido actor e menos conhecido,mas  excelente autor e romancista apresenta-nos um romance baseado na mítica aldeia serrana de Vilarinho da Furna.
Vilarinho da Furna foi ,uma das mais importantes referências da vivência em comunidade  gerida por homens da serra e onde as leis eram feitas pelo povo e levadas ao mais ínfimo respeito.
Claro está que isto não tem muita a ver com pesca,mas toca-me muito,pois  pesquei muitas vezes perto e percorri alguns dos trilhos serranos sobranceiros a esta mítica aldeia incrustada na serra Amarela,hoje à vários anos submersa pelas águas da Barragem.

Este é um romance que aborda e se situa na guerra civil Espanhola e conta a história de um refugiado(Rogélio) ao regime de Franco que por mero acidente vai para a Vilarinho da Furna e é acolhido e integrado nesta mítica aldeia onde o regime é extremamente fechado...e mais é só comprar o livro....digo-vos que vale vem a pena....    
  

   

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Concessão de pesca do Rio Poio

Tinha já feito no ano passado,na companhia do meu amigo Zé Macedo,este troço e logo aí tinha ficado com boa impressão deste rio.

Sabia de ante mão que este é um rio de montanha e o seu caudal não seria muito,mas como tem chovido um pouco era de tentar e fazer 250 Km(ida e volta).

Claro que não tirei a licença antes de ir ver como estava o rio.À primeira vista pereceu-me que tinha subido um pouco embora as águas se apresentassem muito claras e apenas nas pedras se podia verificar que o rio tinha mexido.

Valia a pena experimentar e logo nos primeiros lançamentos deu para ver que tinha sido uma boa escolha.
No fim da jornada estava muito satisfeito pois tinha feito talvez acima da dúzia de trutas.
De referir e alertar para quem passa por este blog e pesca com morte que este é um lote sem morte.
   



quarta-feira, 11 de abril de 2012

O ciclo da vida dos peixes

Com os rios de montanha a registar caudais muito baixos restam-nos os grandes rios.
Por consequência tenho vindo a fazer várias incursões ao grande Lima  e sempre com resultados muito animadores.
Mas isso ficará para um post posterior,porque o que importa aqui é mostrar  aquilo que será o ciclo da vida de algumas espécies migratórias a que a este rio recorrem para o desova.
Várias Lampreias  e Sáveis aparecem nesta época do ano em estado de decomposição no leito do rio após terem desovado.


Novas sondagens


Duas novas sondagens estão disponíveis neste bolg no seu canto superior direito.

Uma delas incide  sobre um tema que me deixa um pouco apreensivo e relutante quando  divulgo a maior parte das vezes os rios que visito

Na outra pretende-se uma opinião generalizada sobre um dos maiores pontos de discórdia que é sem duvida a atribuição de alvarás de licenças de concessões.  


  

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Resultado da sondagem sobre a pesca dentro do PNPG


Ficou claro que a opinião de quem votou na sondagem que este blog realizou sobre o fecho total da pesca desportiva dentro do PNPG foi no sentido de desacordo.

À pergunta, concorda ou não com a proibição  da pesca de trutas por parte do ICNB  dentro do PNPG? obtiveram-se os seguintes resultados,

Sim
  30 (28%)
Não
  80 (74%)


Votos apurados: 107
Sondagem fechada 

Mais uma vez venho recordar que o que estava e  está em causa é o POPNPG,mais concretamente o seu artigo 31º onde nos seus 9 pontos geram grandes polémicas no seio dos pescadores desportivos.

Os pontos que mais divergem são os pontos 2,3 e 8.

No ponto  "2 - Na área de intervenção do POPNPG a pesca só pode ser exercida em zonas de pesca
reservada e em concessões de pesca desportiva.



 Este é o maior e principal trunfo de argumentação por parte do ICNB para a regulamentação da pesca dentro do Parque onde delega nas associações o controle dos recursos existentes,criando para isso modelos definidos e impostos por eles(ICNB) o que a meu ver,está dentro daquilo que seria esperado deste organismo,só que, nestes moldes as coisas não funcionam e a penas promovem o furtuitivismo e fecha a porta àquilo que é do todos nós.Depois nem todas as colectividades estão de acordo com eles econsequentemente a  maior parte dos alvarás atribuídos não estão legais na medida em que,umas não pagaram as respetivas taxas(diga-se simbólicas)outras porém nem as levantaram,já para não referir o quanto é difícil obter uma licença diária para pescar nestas áreas.   


No ponto  "3 - Nos locais classificados como zonas de protecção parcial de tipo I ou de tipo II que
incluam concessões de pesca, a actividade haliêutica pode manter-se até ao final do
período de concessão em vigor à data de publicação deste regulamento."
Fica aqui claro e conclui-se que as concessões de pesca atribuídas dentro desta destas áreas de protecção terão o seu terminus finda a data das respectivas licenças ,não sendo estas renovadas e fechado-se assim as portas a estas áreas  


No seu ponto 8 está mais uma das incongruências de quem elaborou este documento quando diz "Os espécimes capturados de espécies não indígenas não podem ser devolvidos à
água nem conservados vivos, devendo ser imediatamente sacrificados".
Quem conhece bem o Parque,sabe que as espécies não indígenas proliferam porque as barragens estão interligadas entre si e é muito fácil os alevins,ou mesmo peixes adultos e reprodutores,transitem de barragem em barragem.
Um dos exemplos mais emblemáticos desta tese é a abundante presença de Achigãs  e Lúcios  na Albufeira de Vilarinho da Furna.Massa de água,essa,inserida dentro da mais alta protecção ambiental mas que o interesse económico da EDP  veio a convencer aqueles(ambientalistas)que hoje vem (cobardemente) proibir o simples pescador desportivo,mas que  por outro lado,pedem-lhes para que sacrifiquem esses peixes.Como?se os pescadores desportivos estão proibidos de pescar nestas áreas e que eu saiba só existe uma concessão desportiva nas muitas albufeiras dentro do Parque que é a de Touvedo mesmo essa não tem características nem está destinada à pesca de Salmonideos!

Várias vozes se tem levantado sobre este assunto.Uma delas é sem duvida um documento elaborado e submetido ao Secretário de Estado da Tutela pelo Prof,Dr.Mário  Ferreira em conjunto com vários signatários,incluindo o autor deste blog,onde se propõem uma solução objectiva e racional  e sobretudo  com privilégios imperativos para os habitantes das zonas inseridas nestas áreas.
Este documento assenta em vários pontos chave,nalguns deles é o seu auto-financiamento  através de  licença especial destinada apenas à área do PNPG,forte restrições nas capturas quer no tamanho quer na quantidade e sobretudo zonas de pesca sem morte.

Recentemente,mais um a vez,contactei o ICNB  no sentido de obter informação mais actual sobre o assunto,tendo me sido informado de que esta época se manteria tudo como está e não se perspectivava qualquer alteração ao POPNPG.
     

terça-feira, 3 de abril de 2012

Errata

Erradamente neste post escrevi que tinha visitado a concessão de Bostelinhos mas de facto não foi essa que visitei mas sim a de  http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/pesca/cpd/vc/cp-rio-azere-rib-portoavelar-concelho-arcosvaldevez
Fica desde já as minhas sinceras desculpas a ambas as associações, Associação Desportiva e Cultural de Gondoriz e Associação de Caça e Pesca de Cabana Maior.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Concessões de Pesca Desportiva › Viana do Castelo Rio Ázere e Ribeira Bostelinho - concelho: Arcos de Valdevez

À muito que tinha em mente visitar esta concessão mas ainda não tinha surgido oportunidade.
Ontem,como tinha a manhã relativamente livre ,aproveitei para sair cedo com o objetivo de fazer sobretudo um passeio ao ar livre e se possível lançar umas efémeras e tricopteros  neste pequeno ribeiro sabendo de ante mão que não iria encontrar grandes trutas ou mesmo se as iria encontrar.

Primeiro de tudo não é muito fácil identificar o local da obtenção da respectiva licença diária ,mas com algumas informações que foram sendo dadas perto do local lá consegui obter o papelinho.

Escolhi,como é obvio,o lote sem morte(3) e lá foi à procura dele através do mapa sacado da net,pois o Sr que passou a licença não me soube dizer onde ficava,o que para mim não faz sentido pois seria de bom senso que os responsáveis pela concessão tivessem dado informação correta ao portador dos livros das licenças.

Depois de várias tentativas para chegar ao pequeno rio,lá consegui com a ajuda de um velho lavrador que me deu informações precisas para o tal lote  3(cerca de 1200 m a pé,através de um velho e ancestral trilho).

O tempo que me restava já não era muito,cerca de 2 horas de pesca,pois compromissos inadiáveis faziam que estivesse em Viana mais cedo.

De facto as minhas suspeitas de que  o caudal seria muito reduzido confirmaram-se,tornando assim praticamente o pequeno ribeiro em charcas,onde algumas trutas procuravam esconder-se.Não havia condições nem animo para pescar nestas condições,tornando a pesca em rios como este um verdadeiro crime.

Mais uma vez terá que se repensar como se faz a gestão dos recursos truteiros nestas condições de seca,onde as entidades gestoras deveriam manter este rio fechado até que se reunissem condições de pesca sustentada,salvaguardando à priori as sobrevivência das futuras gerações de trutas e garantindo em condições ideais de caudal um grande troço de pesca,pois trutas pequenas viam-se com abundância.
Algumas imagens com duas pequenas trutas deste pequeno rio...