quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Portela de Leonte/Borragueiro

O objectivo era fazer uma caminha despreocupada e sem destino definido.
Pelo meio da viagem avistava-se já,com kms de distancia,nos picos serranos da Peneda e Gerês um manto de neve,sinal de que valeria bem a pena tentar um deles acima dos 1000m.
Sombras,Carris,seriam uma boa escolha,mas não,optamos pelo Borragueiro,subindo desde Portela de Leonte.

A partir do Mouró começou-se a ver os primeiros vestígios de uma noite de forte nevão.Conforme íamos subindo o cenário transformava-se num enorme manto branco.À medida que a temperatura ia subindo a neve depressa sumia e por volta das 2 horas da tarde já pouca restava.

 Quem caminha pela montanha nesta altura do ano,sabe que vai encontrar as mais belas paisagens que a serra nos pode oferecer,quer em luminosidade ou texturas de cores quentes.Para mim é a época do ano mais bonita para se percorrer os "trilhos seculares" como alguém lhes chama...
Algumas fotografias...




Fotografias©João Dias

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Por terras de Castro Laboreiro

O objectivo do dia era simples-conhecer um grande pescador de pluma da zona de Leon,aproveitar para fazer um pequeno trilho e por fim comer um cabritinho da serra de Castro.

Quanto ao trilho,não era difícil escolher,pois Castro Laboreiro está todo ele cheio de fantásticos trilhos,uns que percorrem as suas míticas ruas,outros que circundam a Vila ou ainda  aqueles como os GR que atravessam os picos serranos.

Ficamos indecisos entre o trilho da Varziela ou o trilho interpretativo de Castro.Optamos  pelo segundo.Este é um pequeno trilho com cerca de 3 Km que nos dá a conhecer alguns lameiros junto à branda da Portela,uma vista panorâmica sobre o Vila de Castro e já na sua parte final,um belo bosque composto essencialmente por carvalhal  com rio de Castro como pano de fundo.
Soube a pouco e ainda ponderamos fazer uma boa parte do trilho da Varziela,mas optamos por ir conhecer algumas cabeceiras de Rios truteiros.

Falamos como é óbvio de trutas,montagens,mas sobretudo do actual panorama e do estado lastimoso em que se encontram os rios.   

Levar alguém  a visitar   Castro e não subir ao  seu famoso castelo incrustado no topo de um  dos picos que servem de contraforte à povoação é  como visitar  um museu e ficar pela porta da entrada.





Fotografias©João Dias


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Outros rostos do Gerês III


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pico de Santa Eufémia

Muitas vezes passei pelo sopé do pico de Santa Eufémia.Sempre que lá passava  contemplava-o e sonhava em um dia subi-lo.

Fiz-lo ontem,com os companheiros já habituais.Tivemos alguma sorte da parte da manhã com o tempo a manter-se aberto e sem nevoeiro em contraste com uma tarde chuvosa.
   
Este não é um dos picos mais altos do Parque Xúres/Gerês(1100m+/-) mas a sua ascensão pelo lado poente vale bem a pena. é de um declive bastante acentuado o que proporciona vistas sublimes sobre toda a albufeira do Alto Lindoso,vale do Cabril,Ramisquedo,Cruz do Touro,toda a Peneda,Castro Laboreiro até à Bouça dos Homens.
A subida não é muito extensa,são cerca de 6000m,feita por um trilho em boas condições,embora algo perigoso na sua parte final com chuva ou neve.
No seu topo,com tempo limpo,pode-se avistar o outro lado da Serra-Fonte Fria,Sombras Cúmeada,Corga da Fecha.

O regresso foi feito pelo estradão que dá acesso ás antenas,debaixo já de um intenso nevoeiro que rapidamente passou a chuva miudinha para logo depois passar a chuva forte.
Não tivemos tempo de parar para a habitual refeição ligeira pois a chuva não deu tréguas e depois de mais de 16 quilómetros e 6 horas de caminhada ininterrupta,os nossos estômagos exigiam um polvo à galega no nosso Amigo CUBANO.

Algumas fotografias...

Perecem pequenas mas são enormes, seguramente de canídeo,provavelmente de Lobo
                                               Ramisquedo e Louriça envolta em nevoeiro
No topo e por cima da imponente fraga de Santa Eufémia,com vistas de cortar a respiração
Fotografias©João Dias
   


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Amigos da Pesca



fotografia enviada por Cândido Lamas





É sempre bom ver amigos de longa data e exímios pescadores, neste caso, um dos melhores que eu conheço na modalidade de spinnig.




Era eu ainda muito jovem quando conheci este senhor, no seu consultório. Pelo meio da consulta,e por mero acaso, a conversa descambou para as trutas. Tivemos uma longa conversa e partir daí tornamo-nos bons amigos.



Dr.Candido Lamas não é, nem era, já na altura, um pescador qualquer, era e é tão só um mestre na arte do light spinnig.Já naquele tempo(década de 80)se afirmava-se como um grande conhecedor de muitos e míticos rios, como os da serra da Peneda e Castro Laboreiro.



Muitas vezes trocamos impressões à cerca das gargantas e desfiladeiros, quase intransponiveis,apenas conhecidos de uma pequeníssima franja de pescadores, exemplos da Queda do Malho e Ponte Feia ou mesmo as fragas da Ermida.



A fotografia que ilustra este post foi-me enviada pelo Cândido Lamas(filho) e mostra uma pescaria realizada pelo seu pai num final de tarde de Maio deste ano, em apenas 2 horas, no rio Minho com amostra.
Foi o primeiro a poder confirmar tal feito pois o Dr. veio logo me mostrar, fiquei de boca aberta com três exemplares a rondar o kg e outros três o 500g.



Todos os que passam pelo blog sabem que pesco e sou defensor da pesca sem morte. Muitos se interrogarão porque divulgo pescadores que pescam com morte. Muito simples, não tenho que deixar de ter amigos pescadores por eles optarem por uma modalidade a que a lei lhe assiste, nem impor a mingúem as minhas ideias, porque a partir daí começa o fanatismo e a tão falada "franja da elite fechada da pesca à pluma"embora por vezes me custe muito ver matar trutas em rios já por si frageis.Sinto-me bem ao lado deles e não são raras vezes que estou presente em convívios destes pescadores.... para mim a pesca é também partilha e amizades independentemente das nossas ideologias.







quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trutas do Cávado

fotografia©João Dias
Vasculhando os meus álbuns de fotografias,encontrei esta do meu amigo Miguel(Aveiro) com um belo troféu do Cávado,pescado na época transacta.  

 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Assim se criticava o antigo regime

Assim se criticava o estado do País no antigo regime  através da brejeirice ...um registo de enorme valor cultural das raízes etnofolcloricas   do Alto Minho.
Estes Senhores,Peta,Branco de Azevedo,Pereira de Apúlia e mais alguns(poucos)tiveram a coragem,no seu tempo,de desafiar o regime através das cantorias.  


Vídeo retirado do YOUTUB

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O pico dos picos

Quando se vai com destino ao Gerês para fazer um qualquer percurso pedestre surge sempre o dilema de onde ir,pois as escolhas são muitas.

Caminhamos três e era-mos,em principio,para ser 4 mas o meu amigo  Rui ,já habitual companheiro nestas andanças,não pode estar presente.
A mim,cabia -me a responsabilidade de apadrinhar um outro amigo  e companheiro da pesca das trutas,o Zé Macedo, que se está a iniciar neste não menos viciante  desporto(sim,para mim é um desporto) que é a pedestrianismo.
Consciente de que uma longa caminhada não seria a melhor forma de brindar este meu amigo,mas como já tínhamos os dois subido às Abrotegas num dia desses e ele mostrou-se em forma,eu e o Zé Moreira ponderamos logo algo mais completo.

Com um simples olhar um para o outro surgiu logo a mítica palavra Nevosa(1.448m).Mas Nevosa são mais de 20k de dura serra,mas o meu amigo não esmoreceu e aprovou logo a ideia,claro que tanto eu como o Zé Moreira não  demonstramos o que o esperava.
Tinha-mos em mente uma visita mais cuidada para aferir no terreno o estado actual dos recentes incêndios que tem lavrado no Gerês e a Nevosa seria,com as condições excelentes do estado do meteorológico,ideal para tal.

Subimos pela encosta das Sombras/Amoreira/Alto dos Carris/Represa dos Carris(ligeira refeição)/Nevosa,o regresso foi ligeiramente diferente,mais flectido ao Altar de Cabrões(ainda pensamos em descer por um trilho alternativo em parte já conhecido nosso,mas abortamos logo a ideia).

Do pico mais alto do Norte de Portugal podemos confirmar as suspeitas de grandes áreas ardidas recentemente no coração do Gerês.Bem razão tinha o Rui Barbosa,quando consecutivamente,alertava que o Gerês ardia em larga escala .

Ardeu grande parte da Matança e Ribeira das Negras,mas o grosso do incêndio foi  do outro lado,com uma grande área queimada na zona da Fonte Fria,Coto de Gralheiras e toda a zona de Pitões...a Nevosa ao contrario do que se temia foi poupada(ainda bem).....um enorme manto de cinzas,numa zona classificada com o mais alto grau de protecção Ambiental.A parte Espanhola foi também largamente afectada por este incêndio tendo ardido também uma vasta área do Parque do Xurês....
Razão tinha novamente o Rui quando dizia que as autoridades tentaram esconder o que se estava a passar no Gerês,nem mesmo a imprensa deu grande enfoque a esta grave destruição no coração no Parque...enfim as notícias da desgraça do grande capital são muito mais importantes do que o  que se passa  no nosso único Parque Nacional....

Algumas Fotografias.....

mais em breve...

domingo, 16 de outubro de 2011

Barbos à pluma no Alto Douro

Com a época truteira fechada,restam algumas espécies que podem ainda servir para a pratica  da pesca à pluma,como as carpas,achigãs ou mesmo barbos,não menos empolgantes do que as trutas.

O alto Douro é sem duvida um dos rios que oferece excelentes condições para pescar Barbos à mosca seca.Contudo nem todo o ano é favorável.
Havia-o pescado este ano pelos meados do mês de Julho,quando ainda eles vagueavam  em cardume pelo imenso espelho de água,e nessa altura era  bem mais fácil pescar-los à superfície.

Com o aproximar do Inverno,eles afundam e deixam de comer à superfície,tornando impossível a sua captura com este tipo de técnica.

As temperaturas tem se mantido altas e era pretexto para uma jornada a eles,na  já habitual companhia de Eng,António Palinhos.
Não levávamos grandes esperanças,mas tudo era possível.

A primeira abordagem ao rio deu logo para concluir que seria bastante difícil qualquer captura,pois apenas se viam alguns barbos solitários à superfície,mas,esses,estavam com certeza  a alimentar-se e era bom sinal.

Depois de alguns ensaios lá se rendeu o primeiro,na casa do 1k,1.200k,mas não antes de ter falhado 3.


A jornada terminou com três boas  capturas....umas alheiras e um divinal javali ,regado com um moderado e excelente tinto da região...é assim que eu vejo  e vivo a pesca!


Algumas fotografias,











Fotografias©João Dias