quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rio Froufe

Há rios que por via da pressão  de pescadores durante longos anos deixaram de ter grande interesse para mim e  vão-me caindo no esquecimento,embora passa muitas vezes por perto deles.

Resolvi visitar um deles que em tempos me deu muitas e boas pescarias.Eram outros tempos,não se falava de barragens e o Lima era habitado por grandes Salmões Lampreias,grandes Sáveis e grandes Trutas.Hoje os muros de betão barraram estas espécies que eram a alegria dos pescadores.

Este rio nasce na Serra Amarela e desagua no lima em São Miguel entre os Rios.Não é um rio muito grande mas tem paisagens saídas de um qualquer conto de fadas,vale a pena visitar pois a pesca não é só trutas e as paisagens envolventes são por vezes  a maior recompensa de quem vai à procura de alguma paz de espírito nestes dias de indefinição financeira e desgoverno total deste Pais que já foi grande e hoje está vendido à Europa.

Aqui fica um cheirinho destas fabulosas paisagens e algumas trutas pescadas pelas minhas montagens,ainda muito toscas,mas sempre vão enganando umas trutitas,"deve ser do cheiro do leitão"...








segunda-feira, 4 de abril de 2011

Concessão de Pesca de Montalegre

Todos os anos no dia 1 de Abril se cumpre a tradição de um grupo de amigos  fazer a abertura da pesca de trutas na Barragem de Pisões onde eu estou incluído.

Não,não me interessa esse tipo de pesca,pelo que tinha em mente visitar a concessão de pesca do rio Cávado,enquanto os meus ilustres amigos assentavam arrais algures na confusão que mais parecia uma  bancada de um qualquer estádio de futebol,onde as trutas eram os jogadores.
Tinha telefonado ao meu amigo João Monteiro para me fazer companhia,pois jogava na casa dele,mas o trabalho não perdoa e saiu frustrada a sua presença.
Mesmo assim lá me foi dando uma dicas para as montagens mais adequadas a este rio e aconselhando os melhores locais para pescar à seca.
Logo no primeiro pesqueiro deparei-me com um pescador,mas mesmo assim ainda fiz cerca de 800 m, era impossível as trutas estavam assustadas e nem se avistavam.
Tento então um segundo pesqueiro referenciado pelo João,esse muito mais comprido e com maior potencial,mas o mesmo azar,com uma agravante,em vez de um pescador dois e um em cada margem a pescar à colher.Não me restava outra coisa se não esperar que as trutas voltassem à sua postura,passado uma hora lá montei a cana e tentei por cerca de 3 horas  bater essas correntes fabulosas,mas era impossível,tivera apenas alguns violentos ataques mas daqueles que as trutas estão tão receosas  que  não cravam.Quase no fim lá cravei um bonita truta,mas era dia não e ao agarra-la descravou-se.
Passei ainda pela barragem de Sezelhe onde se fazia notar também uma pressão enorme de pescadores,e note-se que estou a referir a mesma concessão,o que me leva supor que muitos destes pescadores tinham fugido da confusão de Pisões e evadindo o Cávado.
Melhores dias virão com certeza para lá voltar.
Algumas fotografias...







sábado, 2 de abril de 2011

O que diz o plano de ordenamento do PNPG sobre a pesca de truta dentro a sua área


O Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês constitui um Plano Especial de
Ordenamento do Território, desenvolvido e aprovado nos termos do Decreto-Lei nº 151/95, de 24 de
Junho, na redacção e conforme republicado pelo Decreto-Lei nº 316/2007, de 19 de Setembro.

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
Resolução do Conselho de Ministros n.º 11-A/2011Artigo 31.º
Pesca
1 — A prática da actividade da pesca na área de intervenção
do POPNPG deve ser realizada em conformidade
com o regime de protecção definido para cada área pelo
presente regulamento, com os restantes condicionalismos
legais e nos termos dos números seguintes.
2 — Na área de intervenção do POPNPG a pesca só
pode ser exercida em zonas de pesca reservada e em concessões
de pesca desportiva.
3 — Nas áreas de protecção parcial de tipo I ou de tipo II
que incluam concessões de pesca, a actividade haliêutica
pode manter -se até ao final do período de concessão em
vigor à data de publicação deste regulamento.
4 — A realização de competições desportivas de pesca
carece de autorização das entidades competentes, nos termos
da legislação específica em vigor, e está sujeita a
parecer vinculativo do ICNB, I. P., que pode impor restrições
quanto a aspectos particulares atendendo ao local
e ao número de participantes.
5 — Apenas é permitida a pesca desportiva com cana,
com o limite de uma cana por pescador nas águas salmonídeas
e de duas canas por pescador nas águas ciprinídeas.
6 — O período de pesca, nas águas salmonídeas decorre
entre 31 de Março e 31 de Julho, com excepção da
Albufeira da Paradela em que o período decorre entre 1
de Março e 30 de Setembro.
7 — Cada pescador só pode pescar e transportar, por
dia e por troço, o máximo de 10 trutas e 20 espécimes de
cada uma das outras espécies pescáveis, com excepção
das espécies não indígenas cuja captura e transporte não
estão sujeitos a limite.
8 — Os espécimes capturados de espécies não indígenas
não podem ser devolvidos à água nem conservados
vivos.
 Fonte Diário da Republica

Varias questões pertinentes se levantarão certamente à cerca deste plano de ordenamento.

O BE,através do seu grupo parlamentar,vem tentar travar este documento onde veio a apresentar na
Assembleia da Republica um projecto de resolução que recomenda ao Governo várias sugestões.Num dos seu pontos refere,
"Além disso, este Plano não apresenta qualquer programação para apoiar o desenvolvimento das economias locais
aproveitando as riquezas naturais, paisagísticas e patrimoniais desta área protegida em benefício das suas populações,
construindo uma relação harmoniosa entre protecção ambiental e actividades humanas sustentáveis.
"

Relativamente à pesca dentro Parque muita coisa mudou,logo a começar pela data da abertura, no nº 6 passa a ser dia 1 de Abril,mas acima de tudo à que ter em consideração as zonas conforme o seu grau de protecção.
Dentro do Parque existe vários tipos de protecção,Zona de protecção total,Zona de protecção parcial tipo I,Zona de protecção parcial tipo II.

Outra coisa que me parece é que não serão renovadas as concessões existentes porque no nº3 deixa a duvida de não o serem.

No nº 8,entendem os técnicos que deram pareceres,que as espécies não Autóctones devem ser mortas.Porquê ?serão os pescadores que vão eliminar uma espécie que se reproduz intensamente e extremamente predadora como o Lucio.
Mas então porque permitiram a sua introdução à anos atrás?que por via disso destruiu praticamente todo o património truteiro das Albufeiras de Touvedo,Lindoso,Salamonde, Caniçada e comenta-se que Paradela do Rio está Cheia de Lúcios.
Na minha opinião,não seria mais sensato manter os rios dentro do Parque abertos com pesca sem morte e isco artificiais,como referencia de um produto turístico e importante fonte de receita para o desenvolvimento local,através de licenças diárias e outras vertentes como a criação de guias de pesca,que serviriam ao mesmo tempo como fiscalizadores.
Assim se faz por todo o Mundo,tomemos como exemplos os Pirenéus,Escócia,Irlanda(e alguns leitores deste Blogue já pescaram nestes Países,como o António Soares ou o Henrique) a própria Patagónia e Alaska que integram Zonas da mais alta protecção ambiental onde a pesca é feita com sustentabilidade e sobre apertadas regras.Somos um Pais com leis de topo e mentalidade do 3º Mundo. 

Não compreendo os critérios assumidos pelo ICNB-IP em fechar e proibir tudo e todos os que querem usufruir de um recurso que é de todos,embora esteja de acordo que isto deva ser feito sobre apertadas regras,mas não a total proibição.Isto sobre a pesca,porque se falarmos sobre simples  visitação é ainda mais absurdo este POPNPG,quem como eu que percorre sistematicamente algumas zonas que integram algumas ZPT,vê-se  obrigado pedir autorização e a pagar uma taxa absurda ao ICNB-IP  para fazer uma simples caminhada.
Vale a pena passar por,
Carris: BE acusa PS de querer silenciar populações do Gerês
http://feedproxy.google.com/~r/Carris/~3/qfQangA9jqY/problematica-da-zpt.html 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ainda a ALbufeira do Alvão

Depois de consultar....e voltar a consultar.... o edital e alvará desta concessão tive que tirar as  duvidas.

Tinha verificado que o alvará teve a sua cessação em 5 de Agosto de 2010, e não encontrei informação relevante à sua renovação.

Telefonei então ao concessionário(CM Vila Real)onde,muito simpaticamente me foram informando que esta concessão não está renovada e se encontra em processo de renovação.Fiz,com é óbvio,a pergunta que se imponha -É ou não permitido pescar nestas águas? -Responderam com um redondo-"Não sabemos"!Perante isto,decidi então telefonar para a Autoridade Florestal,que de departamento em departamento,lá cheguei à fala com a Srª Engª.responsável pelo assunto em questão.A mesma pergunta! e uma resposta redundante- "nem sim nem nim",não me soube dizer qual legislação que rege esta massa de água.Argumentei então que visitaria em breve este local e que se  por ventura for fiscalizado pelas autoridades competentes quais as leis que os agentes aplicariam,se a da concessão ou a lei do regime geral da pesca,mais uma vez obtive reposta inconclusiva.
Tive também oportunidade,e ai fiquei estupefacto,de fazer mais umas perguntas a tão importante responsável-Quais as espécies que fazem parte do habitat  desta massa de água?-Resposta-Essencialmente Lucios,Achigãs,Carpas e uma população de trutas muito reduzida.Nova pergunta se imponha -então o porquê de se considerar águas salmonideas?-Resposta-É classificação que lhe foi atribuída!

Perante tudo isto concluo que,no meu entender,estas águas estão sobre o regime geral da pesca!

Lanço um desafio aos leitores deste blogue que obtenham informação à cerca desta albufeira o favor de comentarem estes factos e acima de tudo (e isto é o que mais me intriga)comentarem as espécies que habitam estas águas...não estou a ver luçios e carpas a saltarem fora da água!

Albufeira do Alvão

Continuando na pesquisa de novas linhas de água deparei-me com uma mini hídrica muito próximo de Ribeira de Pena.

Depois de fazer um breve reconhecimento da barragem apercebo-me de grande actividade à superfície.Era incrível,as trutas chegavam a saltar em piruetas fora da água.Não consegui aperceber-me o que estavam a comer,embora não estivessem muito longe das margens,de referir que estava a chover miudinho e a temperatura rondava os 14º.Estive longos minutos a observar o espectáculo até decidir ir obter informação sobre o local da obtenção das licenças,ainda com o intuito de tentar algumas secas.Eram já 15 horas e tinha que me deslocar a Câmara Municipal de Vila Real em busca da licença diária.Não cheguei a tempo!


Esta é uma zona concessionada à C.M. Vila Real ver aqui.

Fiquei com a água na boca.... votarei em breve.....por ventura não terei a sorte de presenciar igual espectáculo...

Algumas imagens....






terça-feira, 29 de março de 2011

Rio de Lourêdo/Rio Poio

Depois de conhecer à anos praticamente todos os rios do Alto Minho,tenho estado a visitar e estudar os rios de zona do Barroso,Serra da Cabreira,Serra do Alvão.
Alguns já não são novos para mim como o Peio,Bessa ou mesmo o Tâmega.

Este será o primeiro de alguns posts dedicados a esta fantástica zona e aos seus Rios.

Logo a começar,quem está habituado a pescar nos rios do alto Minho,nota desde logo a diferença na coloração das águas,muito mais escuras em relação ás do Alto Minho,talvez resultado das formações rochosas serem compostas essencialmente de xisto.

Vou começar pelo Rio de Loureda e Rio Poio.
Visitei-os ontem pela primeira vez,com o intuito de fazer um reconhecimento no terreno das condições e potencialidades de fazer umas incursões  em breve.

Estes são Rios concessionados ver aqui ao clube de caça e pesca do Poio.Tive oportunidade de estar à conversa com o seu presidente onde me explicou que nesta concessão são feitos regularmente repovoamentos com trutas fário,que está reservado um troço sem morte onde só se pode exercer a pesca com pluma e a constante preocupação em preservar um recurso muito importante para o turismo local.
Fiquei com boas impressões,quer do clube quer das condições da concessão,muito em breve terei oportunidade de ter em mãos uns exemplares destas bravas trutas.

Muitos parabéns ao clube de caça e pesca do Poio.

Algumas fotografias desta concessão....












Concessão de Pesca no Rio Louredo
Local e Horário de venda das
licenças especiais diárias
Clube de Caça e Pesca do Poio
4870-042 Cerva
Panificadora Cervense
Café Patusco;
Café de Asnela;
Café Restaurante Sobreiro.
Tipo e taxa das licenças
especiais diárias
Tipo A - sócios do Clube de Caça e Pesca do
Poio - 0,25€;
Tipo B - pescadores residentes nos concelhos
de Ribeira de Pena e Mondim de Basto –
1,99€;
Tipo C - restantes pescadores – 4,98€;
70% das licenças especiais diárias emitidas
semanalmente são para sócios do clube de
Caça e Pesca do Poio, os restantes 30% são
reservadas aos outros pescadores, dando
preferência aos residentes nos concelhos de
Ribeira da Pena e Mondim de Basto.
Número máximo de licenças
especiais diárias
60
Número máximo de
exemplares a capturar por dia
e por pescador
Truta – 5;
Ciprinídeos – sem limite
Horário de pesca Do nascer ao pôr-do-sol, nas margens
concessionadas.
Períodos de pesca De 5 de Março a 31 de Julho;
Dimensões mínimas das
espécies
Achigã, barbo, carpa e enguia – 20cm;
Boga, escalo e pimpão – 10cm;
Tenca – 15cm;
Truta – 21cm.
Processos de pesca Uma cana por pescador.
Outras condições Para obtenção das licenças especiais diárias,
os pescadores terão de ser portadores de
qualquer tipo de licença de pesca desportiva,
com validade para o concelho de Ribeira da
Pena ou Mondim de Basto, bem como do
Bilhete de Identidade.
Nota: a informação aqui mencionada não dispensa a consulta do
Regulamento e/ou Edital junto da entidade concessionária.

   

segunda-feira, 28 de março de 2011

Rio Vez



Uma curta passagem pelo Rio Vez na Zona de Aguiá,sem resultados práticos mas com alguns ataques....

sábado, 26 de março de 2011

Rio Mouro

Visitei na passada Quinta-feira a parte intermédia do Rio Mouro.







O resultado não foi de muitas capturas,apenas 4 trutas.Águas muito frias e caudais elevados condicionaram a jornada,coisa que eu não soubesse de ante mão,mas as saudades deste fabuloso rio falavam mais alto.Ainda tentei algumas secas mas as condições eram impossíveis,talvez umas ninfas fossem o  ideal,mas como eu ainda estou a dar os primeiros passos com ninfas não resultou.Virei-me então para  minhoca que resultou em 4 capturas,no fim o regresso feito pelo Santuário do alto Vez com os seus míticos lotes sempre na minha companhia.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Revista digital Águas Vivas


Está já disponivel em formato PDF a edição especial de Março da já conceituada revista Águas Vivas.
Esta é uma publicação http://wwwescueladealonso.blogspot.com/p/revista-aguas-vivas.html e pode ser subescrita por e-mail.As condições da subiscrição são as seguintes;

Oferta para nuevos suscriptores.


Por 6 revistas y el importe es de 25€ por los 6 números.
Al subscribirte se te mandan de regalo 10 moscas de la “EscueladeAlonso”.
Regalo valorado en 29€. Prácticamente té sale gratis la suscripción.
Recibirás también el “Catálogo 2011” de “LaescueladeAlonso” y todas las actualizaciones de forma gratuita.
Suscripción por 12 números:
Por 12 revistas y el importe es de 50€ por los doce números.
Regalo especial de 15 moscas de la “EscueladeAlonso”.
Regalo valorado en 42€. Prácticamente té sale gratis la suscripción.
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terça-feira, 22 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Ribeira de Perre/Outeiro

Esta ribeira,afluente do Lima,serpenteia por entre grandes aglomerados habitacionais e em ambiente urbano.Não é por isso que não deixa de ter uma população razoável de trutas e é de enaltecer o cuidado que estas pessoas tem em preservar limpo e livre de grandes poluições este pequeno curso de água.

Tem excelentes condições para a prática da pesca à  pluma,pena é que se primitiva a  pesca nele com morte.Tive conhecimento,de fonte segura,que esta Ribeira,bem como a Ribeira de Afife foram recentemente varridas por um conhecido pescador de minhoca que  leva tudo o que apanha,estou muito triste e atento,serei o primeiro a denunciar estas situações.

Visitei-o na passada Quinta-feira com o intuito de experimentar mais uma série de plumas feitas por mim.

O resultado foi este,