quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O fim anunciado das trutas do Rio Olo

Se por um lado eu aqui já tinha referido de que o património truteiro do bonito Rio Olo não era famoso,agora fica  definitivamente  comprometido com o enorme incêndio que lavra nas suas íngremes vertentes. 
Sei que os produtos utilizados no rescaldo são altamente tóxicos principalmente os lançados pelos aviões que posteriormente escorrem para o leito do rio juntamente com a água lançada pelos bombeiros.
Uma palavra de incentivo e solidariedade aos bravos bombeiros que a esta hora tudo fazem para que não haja danos em casas e bens privados   

domingo, 11 de agosto de 2013

Pelos mares de Cabo Verde II

aqui tinha dado conta duma aventura de pesca pelos mares de Cabo Verde.


Como quase todos sabem este arquipélago é um paraíso para quem gosta do Big Game Fisching onde os Atuns Serra,Dourados,Peixe Vela  Blue Marlin,etc fazem as delicias de quem procura estes destinos para praticar seu desporto de eleição.


Para mim a experiência desta aventura foi sem duvida inesquecível.
A pesca faz-se com a técnica do corrico com várias canas e amostras que vão desde grandes Rapalas a uma espécie de lula gigante à deriva,tudo isto sempre acompanhado por uma tripulação experiente.


Os primeiros cardumes de Cavalas indicavam e ditavam a nossa sorte,indicando que os grandes predadores estariam por perto.

O Capitão começou então a navegar em circulo e o primeiro ataque não demorou a surgir;um belo Atum crava numa das canas,estava dado assim o mote para um dia memorável.


Mais Cavalas,mais capturas,e cada vez maiores com os grandes Serra a entrarem.

Um dos momentos altos foi a captura dum Dourado com mais de 10 kilos.
É um peixe magnifico e com uma força impressionante,quando cravado não para de dar grandes saltos fora da água e,ora afunda ora foge em todas as direcções,dando uma luta intensa.

A avaliar por aquilo  que o capitão disse esta tinha sido uma jornada em grande quer em numero de capturas quer em tamanho de peixes.






  

sábado, 27 de julho de 2013

Atentado ecológico

Não me posso calar nem assobiar para o lado relativamente ao que se passa ano apôs ano na bacia do rio Neiva.

Compreendo que a minifúndio e a agricultura de sobrevivência tenha que recorrer,e sempre recorreu,aos recursos hídricos que estão à disposição das populações e sobre isso eu nunca me opus nem critico  a subtracção de água  para fins de subsistência das agriculturas típicas da época estival,mesmo levando o rio a caudais de estagnação....sempre assim foi e deverá ser.

O que me realmente me revolta é ter vindo a assistir a um fenómeno preocupante em termos ambientais e por consequência de saúde publica também.O que se passa é que o leito do rio Neiva serve de palco de espectáculos,pista de dança,caixote do lixo,sanita e de bordel,deixando para traz,depois destas grandes festas,um mar de lixo a maior parte dele de difícil decomposição como é o caso dos derivados do plástico e vidro com previsível desastre ambiental para as frágeis populações de peixes autóctones.

Nas ultimas semanas tem-se vindo a montar palcos e pistas de dança dentro do leito do rio Neiva para noites de grandes festas(que estas eu apoio mas em lugares criados legalmente).

Num país dito de primeiro mundo as entidades com responsabilidades governativas,fiscalizadoras e as associações ambientais assobiam para o lado ao problema,até porque grande parte dos seus responsáveis encontram-se de férias e estão-se a marimbar para esta situação e alguns serão porventura frequentadores destes espaços ilegais....onde estão agora as autarquias e os ambientalistas pagos pelo nossos impostos e os Verdes(partido) não lhes interessa aquilo que se passa no terreno será que a merda da politica é mais importante duque os atentados ambientais como este que aqui denuncio...enfim!
Aqui fica o alerta!

Ps.não vou por fotografias...quem quiser ver "in-loco" pode fazê-lo a qualquer momento



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Diário da viagem de pesca à Irlanda 2013 III

Os dias na Irlanda por esta altura ano são muito longos,com a noite a cair por volta das 23 horas.

Depois das fortes emoções no lago Corrib restava-nos ainda algumas horas livres do dia pelo que decidimos explorar as redondezas da cidade de Oughterard seguindo a N59 em Direcção à cidade de Westport  já muito próximo do condado de Mayo.

Logo à saída de Oughterard a paisagem  encontram-se uma série da lagos de pequena dimensão todos eles recheados com trutas.
Esta zona é também ela de grandes montanhas onde nascem e dão origem a uma serie de rios que por por sua vez formam os ditos lagos.


De-facto encontramos vários rios recheados de trutas mas todos eles estavam fechados.

Curiosa esta fotografia de John Wayne junto duma ponte que provavelmente serviu de cenário a alguma cena de Western

Assim dávamos por terminado o longo dia
Fotografias© João Dias/António Soares
  

segunda-feira, 22 de julho de 2013

6ºKitesuf open Esposende

Esposende é conhecido a nível mundial  como um dos destinos de eleição do Kitesurf ,um desporto radical,onde as condições peculiares do estuário do Cávado proporciona aos praticantes momentos únicos.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nature - The place where you live

Pois é!quem tem por habito (e bem)ter uma lista de blogs que interessam ao nosso desporto/actividade de lazer ou simplesmente de estudo,no sentido de perceber cada vez mais  aquilo que nos move,tem este que na minha opinião é dos melhores a nível de informação,mas com uma singularidade,o excelente registo pormenorizado de fotografia de alta resolução.
Obrigado Carlos Silva pelo contributo gratuito que dás(provavelmente sem teres o noção disso) aos amantes da montagem de imitações de insectos.
Em nome de todos os que utilizam o teu blog para fins de estudo,obrigado!
João Dias

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pelos Mares de Cabo Verde I

Mais uma viagem de pesca,desta vez aos grandes predadores dos mares de Cabo verde....



 Cá estou eu em grande estilo....
O tempo tem faltado para actualizar o blog, em breve as coisas irão acalmar...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Concessão do Alto Cávado/Paradela

A época de pesca às trutas 2013 não tem sido muito favorável a muitos dias de pesca.As chuvas e caudais elevados,até aos princípios de Junho,não deixaram a que se pescasse alguns rios de média e alta montanha.



Com o época a findar-se restam poucos dias para fazer alguns dos mais míticos troços, como por exemplo aquele que visitei ,num destes dias,na companhia do António Soares.



Este é um daqueles troços que foi alvo duma nova concessão,pelo que esta visita serviu também para dar algumas informações importantes para quem a quiser visitar.

Estamos simplesmente perante uma,se não a mais importante,fonte de recursos do panorama das grandes trutas autóctones  que fazem parte do património piscícola da albufeira de Paradela.


Sobre a  concessão, pelo aquilo que pode constatar, está muito bem estruturada com vários pontos de vigia(aqueles triângulos amarelos que se podem ver no mapa) alem dos pontos de vigia dos próprios serviços do PNPG. 
Por outro lado, o preço das licenças é uma grande surpresa, apenas 3€ por dia, em que o pescador pode usufruir de toda a área concessionada.
Mas o que mais vale uma visita, além da pesca, é uma paisagem única porque grande parte da concessão fica dentro do PNPG com os picos geresianos como pano de fundo.    


Quem pensar em lá ir para fazer aquilo que muito bem entender tem grandes possibilidades de  ser surpreendido com uma entidade fiscalizadora, porque de certeza que está a ser vigiado.
Há que ler bem e com atenção aos locais que estão proibidos nomeadamente na área da albufeira.


Uma sugestão gastronómica; as alheiras, posta de vitela Barrosã, presunto e pão tradicional fazem as delícias de quem visita esta singular concessão, contudo é obrigatória a reserva num dos 3 restaurantes da zona.

Relativamente a esta jornada, foi pescado um troço a jusante da Albufeira de Paradela com capturas muito boas quer em tamanho quer em quantidade.




  

domingo, 30 de junho de 2013

Rio Cenza

Há muito que andava para pescar um famoso tramo sem morte(ou melhor,um daqueles que permanece no segredo,e são muito poucos os que o conseguem pescar) num dos cotos do Rio Cenza.


Depois de vários adiamentos lá chegou o dia!

Não é fácil pescar este troço devido às fortes restrições nomeadamente dos dias de pesca,mas também conseguir uma das 3 vagas diárias que estão disponíveis.Outro dos problemas que este troço apresenta é a grande instabilidade climatérica,pois o troço fica acima dos 1000m de altitude pelo aquilo que me foi dado aperceber poucos serão os dias favoráveis a uma pesca sem muito vento,chuva e pior ainda denso nevoeiro.

São 560km,ida e volta,desde Viana do Castelo até ao local deste couto e a viagem torna-se um pouco cansativa mas vale bem a pena pescar este tão singular lugar onde a calmaria e a paz de espírito não tem comparação e fazem esquecer a viagem.

As suas trutas apresentam um padrão típico característico dos rios de alta montanha e o seu tamanho médio ronda os 22/25 cm,tendo embora sido capturadas nesta jornada algumas acima dos 35 cm.,a densidade populacional é elevada.



Em 4 horas de pesca foram capturadas mais de 40 trutas divididas entre o Zé Macedo e eu.
Em termos de selectividade das trutas,elas não apresentam grande problema e conhecimento atacando praticamente tudo o que cai na água.

Eu pesquei praticamente todo o tempo com efémeras em #18 oliva e o meu companheiro com tricopteros, também eles em tamanhos pequenos.
De realçar um grande quantidade de libelinhas....




terça-feira, 25 de junho de 2013

1º Convívio de pesca à pluma sem morte na Ponte do Porto

Mais um encontro de pescadores à pluma,deste feita no rio Cávado!logo no famoso e mítico troço da Ponte do Porto onde  para mim permanece como uma escola,tal é a selectividade das suas trutas!

Inscrições podem ser feitas aqui

sábado, 22 de junho de 2013

Diário da viagem de pesca à Irlanda 2013 II


Primeiro dia de pesca!

Pescar num local tão carismático teria que obviamente(por muito que se tivesse pesquisado e levado o trabalho de casa feito)passar por contratar um guia,dos muitos que estão à disponibilidade,para nos levar embarcados para os mais manhosos recantos que o lago apresenta.
Depois de no dia anterior termos feito um pequeno reconhecimento no terreno ,mas que não passou dum belo passeio em fim de tarde,finalmente lá partimos com o nosso guia à hora marcada 9,30h. As referências que tinha-mos dele era que seriamos acompanhados pelo melhor e dos mais experientes guias da cidade,pelo que as expectativas eram um pouco altas!

De facto o homem,na casa dos quarenta,era duma disponibilidade enorme e alertou-nos logo para esquecer tudo aquilo que sabíamos em relação ao Fly-fisching  pois iria-mos reaprender tudo de novo tal eram as especificidades deste excêntrico local de pesca.

Apenas as canas e carretos seriam aproveitados,todo o resto teria-mos que comprar ou montar,desde as linhas aos baixos passando pelas moscas.



Para isso tivemos que visitar uma das lojas de artigos de pesca e adquirir aquilo que o nosso guia ia aconselhando passando também pelas próprias moscas de maio(mayfly).Montamos logo aí o material e a surpresa começa logos com os baixos e o tipet  que é composto apenas por cerca de 6 m directos de 0,22 e ao qual   se montam em támden de 3 moscas,duas afogadas e uma seca.Ficamos de boca aberta com a técnica e na duvida se iria funcionar mas nem havia que questionar pois estava-mos com quem sabia.

Perdemos cerca de 2h com estes preparativos e  não havia muito pressa do nosso guia pois ele sabia que a jornada não seria pêra doce.

Sabíamos de ante mão que não seria fácil apanharmos muitas trutas.Os relatos daqueles que estavam a pescar já a dias consecutivos era de ente uma a quatro trutas por jornada e comentavam que estava a sair peixe pequeno.
No dia anterior o nosso guia tinha apanhado quatro.

Os barcos são a motor,já preparados e equipados com bancos para pescar com algum conforto.


 Um casal de Cisnes selvagens com crias veio-nos dar as boas vindas.
Nesta imagem é notório o fundo em pedra do lago.

Lá partimos numa viagem onde chegar ao primeiro pesqueiro não demorou mais de 15 minutos.

Pescar um lago destas dimensões é de se supor que o vento será um forte entrave a quem pratica este tipo de pesca,contudo engane-se quem pensa assim.
A sabedoria do guia faz toda a diferença ao colocar a barco à deriva em termos de favorecer os lançamentos  sem que faça falta grande esforço para lançar a linha acima dos 15m.

Os primeiros lançamentos foram o para adaptação à nova técnica coisa que não demorou muito a habituação.
O maior problema é ter cuidado no lance para não enrolar as moscas pelo que os lançamentos enrolados é a melhor técnica para que isso não acontecesse.

Não demorou mais de 20 minutos para a primeira truta atacar uma das mosca e por sorte tocou-me a mim fazer a estreia.
Não era uma truta grande,na casa dos 35 cm,mas a luta destas trutas é de tal forma que mais parecia uma truta de kilo.

Assim passamos cerca de 2 horas mudando de pesqueiro em pesqueiro sem que mais nenhum ataque surgisse.

Dentro do lago estão várias ilhas,santuário de várias espécies de aves que  que fazem as delicias de quem passa por perto delas.

Foi numa dessa ilhotas que o nosso guia nos levou para almoçar.
Não fazia-mos ideia da intenção dele em nos fazer uma surpresa.Planeava ele,se alguma truta grande saísse, em matá-la e cozinha-la nessa ilha pois dentro do barco tinha uma grelha,pratos e material para fazer um churrasco.
             Contou-nos o nosso guia que nesta ilha,hoje desabitada,viveram em tempos 11 famílias

Comer a truta não foi possível mas um almoço ao ar livre num lugar paradisíaco foi sem duvida um dos melhores momentos das recordações desta viagem.

Durante a estadia nesta ilhota,nas zonas mais abrigadas era possível ver algumas trutas a comer à superfície e nas zonas baixas viam-se grandes quantidades de pequenas trutas!

A parte da tarde não trouxe grandes novidades e mais nenhuma truta atacou apesar de termos mudado constantemente de lugares.
Foi também a altura do dia em que foi possível assistir a várias eclusões de mayfly mas as trutas não estavam decididamente a colaborar.

Por volta das 6 da tarde demos por terminada esta jornada .
O balanço foi positivo apesar de só eu ter apanhado uma truta,mas a experiência de ter pescado este mítico lago  valeu mais duque muitas trutas em lugares já conhecidos.

No dia anterior o nosso guia tinha apanhado quatro.

As várias justificações vinham da boca dos mais experientes a confirmarem que a mayfly ainda não tivera o seu auge e culparem a forte nortada,com ventos gélidos a atrasarem as eclusões da mosca de maio e as trutas recatadas nos fundos não subindo à superfície.

Ficou a vontade de para o ano lá voltar


domingo, 16 de junho de 2013

Alargamento da época da pesca às trutas

Este assunto não é novo e é alvo de forte polémica.

Uns concordam que o alargamento da época não interfere nos habitats truteiros,desde que seja praticada nos moldes do catch and release,porém aqueles que praticam pesca com morte não lhes passa pela cabeça libertar uma truta,e são a grande maioria,acha que este modelo só vêm beneficiar os defensores do catch and release e virão logo apregoar ao direito de igualdade.

Todos sabemos que em termos de reprodução da espécie estes meses não apresentarão grandes estragos nas populações sendo Março muito mais nefasto para as trutas,principalmente em rios de montanha onde a desova ocorre na maiorias dos rios.

Por via disto pretende este blog fazer uma sondagem no âmbito de aferir aquilo que os pescadores que passam pelo blog pensam sobre o assunto.
As respostas no fim da votação serão enviadas ao ICNF para que fique registado.

A votação decorre no canto superior direito da página do Blog

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Vandalismo na concessão de Vilarinho

Escrevia o meu querido amigo Paulo Figueiredo no facebook;
"Mais uma...
e as placas da "concessão de pesca desportiva"em Vilarinho da Furna, não duraram muito tempo até serem vandalizadas, ainda à duas semanas atrás estava intactas."

Ora aqui está um exemplo ilustrativo daquilo que o pescador quer para o futuro da pesca das trutas em Portugal!

À uns dias atrás tinha dado conta aqui desta concessão e considerei até que era uma mais valia para as populações e todos ficariam a ganhar com a visita dos pescadores a tão belo lugar que é sem duvida o PNPG.

Razão terão por ventura aqueles que me desincentivavam a remar contra a maré....nunca teremos uma pesca  sustentada e racional....triste mentalidade!
Fotografias©Paulo Figueiredo

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Diário da viagem à Irlanda 2013 I

A viagem de cerca de 220 km,desde Dublin a Galway,faz-se tranquilamente através da M6.
A partir desta cidade teremos que apanhar a N59 em direcção a Ougterard,cidade plantada nas margens do Corrib e local de eleição para montar tenda para quem lá vai para pescar. Aliás  esta cidade respira e vive a pesca por todo o lado que a gente olhe!


Não fomos às cegas porque  ia-mos já referenciados por um  amigo pescador Irlandês,grande conhecedor  e guia de pesca,deste e doutros destinos de pesca na Irlanda,muitos deles com direitos exclusivos de pesca nomeadamente ao Salmão.

São umas simpatias os habitantes e recebem-nos como se já  a anos nos conhece-mos.
Ficamos hospedados num B&B fantástico gerido por um casal de lavradores,na casa dos setenta,mas que a sua humildade e simpatia deixa qualquer um de boca aberta!Parecíamos um filho da terra que regressa,tal foi a forma como fomos recebidos.


Estas são casas simples e muito funcionais com todas as comunidades de alguns hotéis mas com a diferença de sermos tratados como membros da família residente!

Tinha já tido oportunidade de ter conhecido algumas destas casas,mas esta ficou-me na memória,quer pela afabilidade dos seus donos quer pelo melhor pequeno almoço que já alguma vez me foi  servido  por terras Irlandesas.

Fotografias©João Dias